E la nave vem
Os bancos privados dispostos a financiar a Sete Brasil, a pedido do BNDES (que, por sua vez, repassaria os recursos às instituições), têm lá suas exigências.
Uma delas dita que a Petrobras precisa confirmar que vai honrar os contratos com a empresa privada. Algo que ela não está fazendo. Outra, que os recursos emprestados iriam unicamente para... estaleiros estrangeiros contratados, minimizando o risco da operação.
Nave enxugando
Resumindo: o pacote se limitaria aos estaleiros Jurong e Brasfels, ambos de Cingapura. ficariam de fora os nacionais EAS (Camargo Corrêa e Queiros Galvão), ERG (Engevix e Funcef) e Enseada (Odebrech, UTC, OAS).
Primeira tranche? Algo como U$$ 3,5 bilhões.
Nave única
O fato é que o destino da Sete Brasil está nas mãos da Petrobras, que é sua única cliente, sua empresa garantidora, além de sócia com poder de mando até a entrega física da primeira sonda.
Sua diretoria, por contrato, é escolhida pela estatal.
No mesmo barco
A Sete Brasil não paga os estaleiros desde novembro do ano passado, por não ter recebido o que lhe é devido também por contrato: os financiamentos do BNDES, do Fundo da Marinha Mercante e da CEF.
Com a delação premiada de Pedro Barusco, ex-Petrobras e ex- Sete Brasil, essas instituições financeiras puxaram o freio de mão.
Mesmo barco 2
Os estaleiros, por sua vez, não buscam seus direitos porque, se o fizerem, a Sete Brasil já avisou que também entrará na Justiça contra os construtores de sondas - por terem corrompido Barusco, assim encarecendo contratos.
os bancos para os quais a Sete Brasil deve tampouco querem chegar aos tribunais. Alguns são sócios das empresas fabricantes e/ou têm crédito a receber dos estaleiros.
Fonte: Sonia Racy (Estadão 14/03/15)
Foto: portalnaval
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16h48min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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