quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A CPMF FOI REJEITADA,
DADA A IMPORTÂNCIA DA OPOSIÇÃO.
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São 09h50min.
Assisti a tudo na TV, acompanhei apaixonadamente a verdadeira política.
Os senadores começaram a discussão ontem e só terminaram hoje, por volta de 1h30min., com o Governo e a Oposição se revezando na Tribuna. Prevendo a derrota, o presidente LULA tentou uma última cartada as 22h30min, assumindo o compromisso de destinar 100% (cem porcento) da CPMF para a saúde, por intermédio de uma carta. Por volta de 1h20min. de hoje, o Governo contabilizou uma expressiva derrrota política, e vai precisar refazer a sua previsão orçamentária, para 2008. O Artigo II foi rejeitado com o placar:
SIM - 45 votos
NÃO - 34 votos
Para a aprovação eram necessários 49 votos. O Governo deixará de arrecadar algo em torno de R$ 80 bilhões. O Governo não conseguiu sequer convencer a totalidade da sua base, ficando claro não ser possível a imposição da sua vontade ao Legislativo. Discutir, respeitar e levar em consideração a oposição, a minoria, é um excelente instrumento da democracia, e a utilização puramente de palavras de ordem e argumentos de baixo calibre, como os que foram usados, não contribuem, não constróem, não resolvem. Ao Governo, em meu entendimento, restam algumas alternativas:
A - Cortar investimentos e reduzir o custo da máquina;
B - Não fazer nada e deixar tudo como está, assumindo as consequências;
C - Reduzir custo com pessoal, rever as regras da Previdência e diminuir a projeção real de reajuste do salário mínimo.
Sinceramente, não creio que o presidente LULA mexerá no Bolsa Família (carro-chefe do seu governo), onde ele busca a promoção da transferência de renda. Isso demonstra a importância de haver uma verdadeira oposição, e não o voto cabal, desmedido, sistemático e inquestionável à todos os desejos do Executivo (vide Angra dos Reis).

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