domingo, 30 de março de 2008

AUSÊNCIA DOS VEREADORES
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São 21h10min.
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Proprietários de uma disposição incomum ao discurso e, por conseguinte, autores inomináveis de bravatas vazias, os Vereadores de Angra dos Reis, curvados aos pés do Executivo, subservientes ao extremo, salvo honrosas excessões, se aproveitam da Tribuna da Câmara e proferem, em alto e bom som, idéias de toda a sorte para assuntos dos quais não são familiarizados e nem mesmo tomaram o cidado de estudar, o que vale mesmo é a danada da bravata.
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Como disse Sêneca: "O arroubo da eloquência tem mais ruído que sentido".
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Mas, o estranho e preocupante mesmo é a utilização de assuntos debatidos em público, dos quais todos se ausentam, e depois sobem na Tribuna e ensinam o Padre a rezar a missa. Explico: No II Encontro do Desenvolvimento do Setor Portuário, acontecido nos últimos dias, alguns mingüados vereadores só se fizeram presentes para ouvir o blá...blá...blá...de sua excelência, o Prefeito. Tão logo a nobre autoridade se retirou do recinto, e isso foi imediatamente após o seu discurso, os edis o acompanharam. Entretanto, é importante ressaltar, que foi à partir daí que se deram intensas trocas de idéias entre empresários, autoridades portuária, trabalhadores e sociedade civil, menos o Prefeito e os Vereadores, que se retiraram. Mas, concederam entrevista a TV dos Vereadores e disseram exatamente o que tinha que ser feito, fácil assim. O Vereador ODIR (engenheiro de obras prontas) teve ainda o disparate de se apresentar na Tribuna e discursar com o crachá do evento, nitidamente para dar a impressão de que teve algum tipo de participação. Não só não teve como costumeiramente faz, se omitiu. Afinal, lá era o Fórum constituído para o debate, mas sabe como é: na Câmara é melhor, afinal ninguém terá espaço para indagar sua excelência, o vereador. Fechem-se as cortinas, acabou o espetáculo, já diria um dos maiores narradores esportivos do Brasil.