terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O CRISTAL PODERÁ QUEBRAR

ANÁLISE POLÍTICA
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O governo angrense saiu grande das urnas, mesmo tendo conseguido poucos votos a mais que o adversário, construiu a maioria na Câmara Municipal. Não tenho elementos seguros o suficiente para respaldar as especulações quanto ao modus operandi dessa construção legislativa, nem tampouco sobre a vitória na sucessão majoritária. Até onde sei, há um processo tramitando na Justiça de Angra pedindo a cassação do mandato do prefeito, TUCA JORDÃO. Tenho dúvidas, mas isso é tão pouco que não posso sequer dividir com mais ninguém, não quero ser irresponsável. Porém, a vitória do governo trouxe, além da festa e das bajulações corriqueiras, acordos à serem cumpridos. Muitas mãos ajudaram a bater essa massa, outras tantas levaram-na ao forno, e umas que operaram no silêncio ajudaram a tirá-la do forno. O bolo não é pequeno, mas -por mais que seja grande- não posasibilita um pedaço a cada um, e até os que comem à mesa, reclamam. Assim, devo considerar esse momento como fosse um cristal dos mais raros, mais delicados. Qualquer movimento brusco, quebra. Essa bandeja servida pelo prefeito tem ido muito às mãos dos pastores, menos às mãos dos vereadores eleitos, menos ainda às mãos dos vereadores não reeleitos, e praticamente não tem chegado às mãos dos partidos que ajudaram nessa culinária política. Isso é o que se ouve nos corredores mais apertados dos bastidores desse cretâmen. Logo, se percebe sendo o princípio de um simples descontentamento dos vereadores eleitos, que poderá se transformar num movimento tão brusco capaz de levar a bandeja ao chão, quebrando cristais. Uma observação singela na votação da Mesa Diretora da Câmara Municipal, fará até a um desatento enxergar nas entrelinhas uma maioria frágil. Os três vereadores do PT são de oposição, por natureza. O vereador ZÉ ANTONIO, detentor de conhecimento técnico e boa oratória, fixou posicionamento. O vereador LEANDRO SILVA ficou, mas não antes de ter certeza de que não daria para ir. Só até aqui, de onze são cinco. Falta, então, muito pouco para esfacelar essa base. Logo, finalizando, o Prefeito não redistribuindo melhor essas fatias, poderá causar indigestão em sua base, fazendo com que a conta acima sofra alterações estomacais para o governo. Mas, não modulei nessa análise outras tantas capacidades da máquina em devolver sorrisos à olhares perdidos que vagam em direção ao Palácio.
27/01/09
22h08min.