O setor pesqueiro angrense está erroneamente dividido, o que só o enfraquece. Os pescadores, os homens do mar que vão à luta cotidianamente, praticamente não dispõem de tempo para se reunir, quando isso acontece, desacreditam em soluções. Os armadores de pesca, os patrões, brigam mesquinhamente por interesses que atendem somente a desejos de grupos pequenos, o que tem propiciado uma grande lacuna entre os interesses maiores do setor, e a busca constante pela solução. Os Governos, por sua vez, tanto federal, estadual, quanto o municipal, demonstram com suas ações corriqueiras profundo distanciamento das necessidades por que passa a categoria. O esforço de pesca só será diminuído na proximidade da Baía se houver investimento na modernização da frota pesqueira, com a desburocratização das linhas de crédito e com a abertura de financiamentos rápidos. No caso de Angra dos Reis, por exemplo, a gestão passada criou uma secretaria para o atendimento direto do setor, e a atual gestão a extinguiu, sem maiores explicações. O entreposto pesqueiro não aconteceu, mesmo tendo havido uma visita do Ministro da Pesca, GREGOLIM, no ano passado afirmando ter liberado o dinheiro para a obra. A descarga no Cais continua deixando seus restos fétidos por todo o canto, não há um aproveitamento sustentável dessa sobra da descarga, enfim. Precisamos que, primeiro o setor deixe de lado as suas invariáveis vaidades e que consigam sentar à mesa para elaborar uma proposta adulta e, então, que consiga encaminhar as autoridades competentes, articulando e usando o peso político que têm mas parecem desconhecer. Alguma coisa precisa ser feita, famílias estão na berlinda com esse descaso gratuito.
31/01;09
12h39min.
adelsonpimenta@ig.com.br
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