CONTO
(Da Literatura cotidiana e amadora)
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Houve um tempo, não muito distante, em que pessoas se encontravam as escondidas pelos corredores pouco iluminados do poder. A que interesse se buscava, não se sabe ao certo, mas jamais deixou de haver desconfianças- que chegaram a criar olheiras em notívagos- de que coisa boa não podia ser. Mas, sempre na manhã seguinte, quando vazava o encontro, tentava-se dar uma nota disvirtuando o seu sentido - e se dizia serem despretenciosos. O fato é que, dado o local dos encontros, boa coisa não era, e/ou faltava mais calor de confiança entre os atores envolvidos na trama. Sabe-se que muitas orelhas distantes queimavam ao fogo invisível do chicote das línguas nervosas. Assim, por esse raciocínio, certamente houve uma exigência para que se fugisse das simples palavras acordadas, após propostas e contrapropostas, e que o maior escrevesse num papel o valor aceito pelo menor. Uma garantia, sabe como é. Mas, isso não soou razoável, e no dia seguinte, entre novos telefonemas e tentativas de um novo encontro, nada feito, não foi aceito. Beicinhos e biquinhos foram postos no frescor do dia, e o acordo subiu no telhado. O conto sem graça termina por narrar que esse papel escrito em valores bem menores, mas cantado em prosa e verso como tendo sido em valores maiores, viajou pelos palanques da vida política e foi parar na mesa de uma delegacia, sendo rasgado ao meio, por que o menor não confiava nem mesmo na autoridade policial. O maior se aquietou, e venceu. O menor ainda esperneia, perdendo a razão. E o que houve naquela noite, naquele corredor escuro, talvez só a imaginação de cada um é que possa ter a capacidade de concluir. Um conto, apenas um conto., muito aquém do verdadeiro sgnificado daquele manuscrito que foi rasgado ao meio.
01/02/09
02h03min.
adelsonpimenta@ig.com.br
(Da Literatura cotidiana e amadora)
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Houve um tempo, não muito distante, em que pessoas se encontravam as escondidas pelos corredores pouco iluminados do poder. A que interesse se buscava, não se sabe ao certo, mas jamais deixou de haver desconfianças- que chegaram a criar olheiras em notívagos- de que coisa boa não podia ser. Mas, sempre na manhã seguinte, quando vazava o encontro, tentava-se dar uma nota disvirtuando o seu sentido - e se dizia serem despretenciosos. O fato é que, dado o local dos encontros, boa coisa não era, e/ou faltava mais calor de confiança entre os atores envolvidos na trama. Sabe-se que muitas orelhas distantes queimavam ao fogo invisível do chicote das línguas nervosas. Assim, por esse raciocínio, certamente houve uma exigência para que se fugisse das simples palavras acordadas, após propostas e contrapropostas, e que o maior escrevesse num papel o valor aceito pelo menor. Uma garantia, sabe como é. Mas, isso não soou razoável, e no dia seguinte, entre novos telefonemas e tentativas de um novo encontro, nada feito, não foi aceito. Beicinhos e biquinhos foram postos no frescor do dia, e o acordo subiu no telhado. O conto sem graça termina por narrar que esse papel escrito em valores bem menores, mas cantado em prosa e verso como tendo sido em valores maiores, viajou pelos palanques da vida política e foi parar na mesa de uma delegacia, sendo rasgado ao meio, por que o menor não confiava nem mesmo na autoridade policial. O maior se aquietou, e venceu. O menor ainda esperneia, perdendo a razão. E o que houve naquela noite, naquele corredor escuro, talvez só a imaginação de cada um é que possa ter a capacidade de concluir. Um conto, apenas um conto., muito aquém do verdadeiro sgnificado daquele manuscrito que foi rasgado ao meio.
01/02/09
02h03min.
adelsonpimenta@ig.com.br