Receio que alguns políticos transformem uma questão de gestão séria em embates políticos-ideológicos, desnecessários para o momento. O jornal MARÉ ALTA traz a informação de que setores do PT, liderados pelo deputado federal LUIZ SÉRGIO estariam discordando frontalmente das pretensões do município, apresentadas pelo prefeito angrense, TUCA JORDÃO, consideradas muito altas e extrapoladas frente a realidade, num somatório de projetos que alcançariam o valor apresentado por sua excelência, de R$ 330 milhões. A oposição acusa que essa pretensão, caso não seja flexibilizada, poderá inviabilizar a construção de Angra 3, afirmando -inclusive- que outras cidades dariam tudo para hospedar esse mega empreendimento.
EXCLUSIVO:
Segundo informações precárias obtidas por este blog, a empresa ELETRONUCLEAR já teria uma contraproposta à ser apresentada ao município angrense, na bagatela de R$ 47 Milhões.OPINIÃO
Óbviamente, que a empresa ELETRONUCLEAR terá que apresentar a sua contraproposta que, caso seja essa comentada, fica muito aquém das pretensões do governo e da municipalidade angrense. O prefeito, por sua vez, terá de fazer contas, pois o empreendimento atende a uma política energética maior, do governo federal. Diversas fases que antecedem ao seu licenciamento, pelo que se tem noticiado, já foram venciadas, restando principalmente a palavra da prefeitura. Os argumentos usados pela oposição de que outras cidades gostariam de ter essa discussão, não cabem nesse contexto. Um meio-termo terá de ser encontrado, mas a empresa não terá facilidades de impor as suas condições, visto que é prerrogativa do município a legislação sobre o seu solo urbano. Estamos falando de um mega projeto brasileiro, de dólares e reais em quantidade difícil de ser contada na mão, de ocupações ambientais de proporções ainda desconhecidas, e de prováveis impactos sociais de dimensões consideráveis. Logo, é imperioso que tanto os projetos apresentados pela Prefeitura atendam a essa expectativa (os vereadores não tiveram aceso a essa informação, e estão requerendo por escrito), quanto a empresa tenha também a sensibilidade para entender que essas distorções precisam ser recompensadas. Por fim, creio que o bom senso será posto à mesa e o entendimento será alcançado.
29/03/09
17h38min.
adelsonpimenta@ig.com.br
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