O IBAMA deverá conceder, entre hoje e amanhã, a licença de instalação de Angra 3, após avaliar que a Eletronuclear cumpriu as 60 exigências contidas na licença prévia - que atesta a viabilidade ambiental do projeto - decidiu autorizar a retomada das obras, paradas desde 1986. Segundo o Roberto Messias Franco, presidente do Ibama,, do Ibama: depósito para rejeitos atômicos foi mantido com a condicionante mais polêmica da análise feita pela autarquia: a usina só poderá entrar em operação, quando as obras forem concluídas, se tiver apresentado à época o projeto executivo para a construção de um depósito para armazenamento "definitivo" dos rejeitos atômicos. Essa era a 18ª exigência imposta pelo Ibama na licença prévia, concedida em julho do ano passado, e já havia causado um desentendimento público entre autoridades ambientais e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A comissão trabalha no projeto de um "depósito intermediário de longa duração", capaz de armazenar por vários séculos (fala-se em 500 anos) o lixo nuclear em cápsulas de aço inoxidável soldadas e lacradas, enterradas em uma forte estrutura de granito. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, confirmou que essa condicionante também consta da licença de instalação. Pelo Ibama, a Eletronuclear já pode retomar a construção de Angra 3. No fim de agosto, a autarquia já havia autorizado a instalação do canteiro e pequenas obras preparatórias. Para erguer os primeiros pilares, no entanto, a estatal ainda precisa da licença de construção da CNEN, o órgão regulador das atividades nucleares, que deve sair ainda este mês.
04/03/09
16horas