Está terminando o recesso parlamentar (um dos tantos absurdos brasileiros que precisam ser extirpados do nosso calendário, mas não o é por conveniência de muitos malandros), e sinceramente não sei o que será dos municípios da nossa região. Pouco se tem de notícias da busca de uma agenda dos nossos Legislativos municipais, e os Executivos -por sua vez- vão se impondo sobre o poder ao lado com miudezas e bugigangas, vendidas na imprensa como feitos históricos, do tipo 'nunca antes nesse município'. Há, obviamente, além da produção de desaforados discursos políticos sem qualquer conteúdo pragmático, ações extemporâneas que merecem uma linha a mais em nossas considerações, mas que -percebo ser tão pouco frente ao volume de recursos extraordinários que estão sendo surpreendentemente despejados nas regiões do Sul fluminense e Litoral Norte Paulista (usso sim, "como nunca antes...), que sequer me dou ao luxo da evolução de um ensaio crítico. Na verdade, os vereadores (salvo honrosas excessões), principalmente eles, precisam ser menos fisiologistas e decididamente aprenderem a conviver e a exercer os mandatos dos quais são gestores com a estrutura que está disponível em sua própria esfera de atuação, pois essa busca desenfreada por cargos comissionados nas prefeituras para acomodar apadrinhados políticos, pelo compadrio, termina por deixá-los reféns das vontades alheias, a mercê até de esquizofrenias políticas de alguns prefeitos, perdendo consideravelmente a sua capacidade de articular politicamente as ações estratégicas sobre os investimentos públicos. Sei lá por quê o desabafo, mas estou vendo tanta coisa que resolvi comentar isso. Reflitam, se possível, e já ajudará muito...
-
02/08/09 - 12h25min. - adelsonpimenta@ig.com.br - blog - twitter
