Há alguns dias, conversei muito superficialmente com o secretário de governo de Angra, CARLOS ALEXANDRE, sobre a metodologia que estava sendo empregada na elaboração política do Plano Plurianual (PPA), e da Lei Orçamentária; quando informou à este blog que o processo estava sob orientação do próprio prefeito, TUCA JORDÃO, que havia determinado uma leitura sobre o 'Plano de Governo' apresentado durante as eleições, com consultas à serem feitas a população, e que encaminharia nos próximos dias à Câmara Municipal. Pois bem, segundo o site do jornalista angrense, KLAUBER VALENTE, o Executivo finalmente encaminhou as peças para análise e discussão na Câmara de Vereadores. Vale lembrar que, mesmo tendo sido eleito pela situação, o atual prefeito fez mexidas substanciais na equipe de governo- o que, em tese, pode ser lido como um governo de digital própria. Se realmente a coisa estiver funcionando como pensa essa avaliação do blog, será muito importante conhecer o macroplanejamento deste governo para os próximos 4 anos (2010-2013). Eu já fiz neste blog reiterados ensaios críticos e analíticos acerca da capacidade arrecadatória do município e disse há 1 ano (bem antes da eleição do novo prefeito eleito), que os cofres públicos estariam abarrotados, prevendo qualquer coisa em torno de R$ 2,5 bilhões pelos 4 anos. Como já disse, se errar- erro por pouco. Outros analistas agora fazem projeções semelhantes. No meio do caminho havia uma crise, não prevista- mas isso -cá entre nós- influenciou pouco frente as fontes de receita disponíveis com os novos investimentos brasileiros para a região. Dessa forma, os vereadores angrenses, mesmo com atraso, terão de se debruçar sobre os apontamentos da máquina governamental e sobrepor os resultados sobre as necessidades e carências estruturais e sociais da municipalidade, afim de encontrar o melhor caminho para fazer com que tanto dinheiro seja investido na melhoria da qualidade de vida de cada cidadão e promova a desejada justiça social. O remanejamento autorizado para o prefeito ainda está na casa dos 30%; O SAAE não encampou a Cedae; as áreas de risco não foram desmobilizadas; a educação apresenta péssima avaliação nos indicadores oficiais; o lixo está longe de encontrar uma resposta satisfatória; o transporte coletivo urbano carece de uma discussão mais aberta; o desenvolvimento econômico do município não aconteceu ainda, enfim- são mesmo muitos os desafios, assim como é muito dinheiro disponível.
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15/09/09 - 01h10min. - adelsonpimenta@ig.com.br - blog