sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DA COLETIVIDADE AOS GABINETES REFRIGERADOS

ARTIGO DO BLOG
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Diversas simulações já foram propostas pelos articulistas da mídia regional, bem como já serviram à pauta de setores importantes da mídia nacional, outras já nos foram entregues pela incoveniência da consciência própria. Invariavelmente, o assunto brasileiro da moda é o Pré-Sal que, de certa forma, sufocou outro assunto que venceu muitas manchetes, o Gás do Campo de Mexilhão, que já havia atropelado a questão de Angra 3. E é exatamente assim que funciona, pois na diversidade brasileira, outras agendas ganham as páginas a cada dia. Todavia, os assuntos de outrora, citados no princípio deste modesto artigo, não sucumbiram. Ao contrário. Para essa faixa litorânea compreendida basicamente do Sul Fluminense ao Norte Paulista, está 'bombando' essas novidades energéticas- literalmente.
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Longe de ser um separatista, pois essa demanda serve diretamente ao interesse nacional, ou de ser taxado por emancipacionista dos royalties dessa extração fóssil, minha modesta contribuição aqui é a de narrar uma percepção que tem me aterrorizado.
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Nas mais diversas discussões públicas, algumas são deliberadamente chamadas de 'Audiência Pùblica', em que tenho podido exercer efetiva participação- pelas duas regiões assistidas pela opinião expressa neste blog, o que tenho registrado em suma são denúncias acintosas da sociedade civil- de descaso, desleixo, falta de organização, inércia governamental, baixa qualidade dos serviços prestados, omissão de socorro, ausência plena de planejamento, e derivados de inoperância de toda a sorte. Quando leio os documentos públicos, os que são possíveis de serem acessados, fico entusiasmado- pois percebo que, mesmo anotando queda na arrecadação, essas duas regiões brasileiras, em especial, não podem reclamar de absolutamente nada -(salvo Paraty e Ubatuba, e menos um pouco Ilhabela), tem sido motivo de champanhe nas demais cidades. Porém, posto isso numa planta de realizações, fica descontextualizado os discursos governamentais. Não há o que se comemorar.
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O curiso dessa manobra marketeira de alguns governos tem sido a antecipação por detrás de barricadas linguísticas em ataque aos que formulam críticas ou se antecipam em cobranças expressas, como fosse isso um artifício de quem simplesmente se opõe. Eu, em particular, entendo que uma crítica- por si só, por mais ácida que seja, já é propositiva. Gente, crítica -smj- é crítica- e que dela se formulem novas ações e, sendo assim, ela já veim acompanhada de uma proposta; a sua raíz nascedoura tem esse efeito. De modo que, receio- que não sentarmos à mesa para debater de modo amadurecido o panejamento dessas duas regiões, e continarmos nos permitindo agasalhar no conforto da nossa intrepidez meras eloquências que só retardam o efeito colateral da mal aplicação dos recursos públicos, será melhor deixar de lado a importância do nosso voto. O custo dessa equação é de responsabilidade da nossa geração. É o que penso!
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25/09/09 - 02h48min. - adelsonpimenta@ig.com.br