Em instigante matéria, a 'Revista Época' diz que a divulgação do marco regulatório da exploração de petróleo da camada pré-sal, feita na segunda-feira (31), levantou uma enorme polêmica. O governo defende o modelo de partilha, no qual o Estado tem maior participação nos negócios, enquanto a oposição e empresários desejam manter o atual sistema de concessão, com mais espaço para o setor privado. Seja qual for o formato escolhido, se o potencial da província do pré-sal for confirmado – o que ainda não ocorreu – nos próximos anos o Brasil pode ficar diante de uma receita de grande monta e inédita para os padrões nacionais. Neste cenário, cabe uma óbvia questão: como o dinheiro do pré-sal será administrado e utilizado? Deste ponto em diante, 'Época' traz uma boa comparação com a situação da Noruega. No Brasil, o plano inicialmente divulgado pelo governo consiste em um sistema parecido, por meio do qual os rendimentos seriam usados em cinco áreas prioritárias – educação, combate à pobreza, ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. A ideia do fundo nasce da percepção de que a aplicação dos royalties do petróleo que o Brasil já produz não foi feita da forma correta. Nos últimos anos, inúmeros municípios brasileiros viram seus orçamentos reforçados pela renda do petróleo, mas isso não representou melhorias nos indicadores sociais. No âmbito federal, boa parte do dinheiro entrou no bolo do superávit primário – a economia feita pelo governo para pagar a dívida. Se o mesmo processo ocorrer com o pré-sal, a renda do petróleo pode ser desperdiçada sem trazer qualquer benefício para a população. A matéria completa (recomendável) você lê clicando ( aqui ).
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