Como é do seu conhecimento e explícito para todos que me conhecem, sou um amante do saber e aberto ao contraditório. Penso que suas proposituras são palpáveis, éticas e bem elaboradas, mas é exatamente aí que se expõe, de maneira linda, o contraditório - ferramenta indispensável para se construir qualquer tese teórica ou ações práticas. Como assíduo leitor de seu blog, não poderia deixar de fazer um comentário e uma singela crítica - construtiva - sobre o que escreveu às 18 horas e 30 minutos do dia 04 de outubro do corrente ano. Você se dirige aos leitores sobre o eventual movimento "dos líderes eclesiásticos (pastores evangélicos)" no tabuleiro político de nossa cidade. É notório que há, como sempre houve e, penso, que sempre haverá um envolvimento de parte das lideranças evangélicas nas questões políticas partidárias de qualquer localidade; diga-se de passagem, que feita à luz dos preceitos sagrados, é salutar, viável e necessário. Há uma necessidade desse envolvimento até porque os líderes são condutores e precisam estabelecer, com seus liderados, uma relação de confiança e credibilidade. Desta forma, compete aos líderes evangélicos apresentar à comunidade a qual pastoreia os postulados de cada grupo político e explicitá-los à luz dos dogmas cristãos. Só como exemplo: Não é coerentemente bíblico um pastor declinar apoio a uma candidatura, cuja bandeira seja a da aprovação pela homossexualidade, liberação da maconha e similares; muito pelo contrário, cabe a esse pastor comunicar a igreja dos perigos iminentes ao apoiar uma plataforma desse tipo. Nesse aspecto, penso que é salutar o envolvimento do líder na questão política. E você, mais uma vez, foi muito feliz ao fazer essa abordagem, alfinetando nossas lideranças para apresentar qualquer documento que demonstre sua conduta na vida política da cidade pautada por "proposições públicas". Entendo também que, infelizmente, temos muitos líderes que não se envolvem na questão política de nossa cidade pautado pelo descrito acima; muito pelo contrário, o que vemos são líderes que gostam de aparecer na foto, permitindo ser fotografados para que, ao aparecerem ao lado de A ou B, possam ter seus egos afagados. Estão longe de entender que suas imagens representam muito e que atrás das mesmas está a imagem da igreja a qual eles pastoreiam. São líderes sem compromisso algum se estão, com tais atitudes, levando "à lama" o nome do evangelho de Jesus (Óbvio que o verdadeiro evangelho não se mancha!!). São líderes que possuem interesses escusos, muito longe dos interesses sociais. Não há envolvimento com a política pública, a chamada política com P maiúsculo; o envolvimento se limita ao acesso à sala do governo, à citação do seu nome e às "merrecas" pelas quais se vendem. Como pastor que não corrobora com tais atitudes, posso assegurar que a maioria dos evangélicos, líderes e liderados, discordam de tais práticas, porque ainda há um grupo de líderes aqui nessa cidade e, creia, é a maioria que não se curva ao poder temporal; não vende os ideais sagrados pelos afagos, carinhos e carícias dos deuses antagônicos ao Senhor dos Senhores, deuses que com suas carícias, levá-los-ão, indubitavelmente, à protituição espiritual. Destarte, parabenizo pelo artigo, desejando que continue assim, sempre escrevendo com responsabilidade e à medida do possível, e sempre será possível aos inteligentes, fazendo distinção entre os que são e os que não são.
Renovo meus protestos de grande extima e consideração,
Nos laços do Calvário,
WILLIAN DE JESUS, Pr.
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08/10/09 - 21h35min. - adelsonpimenta@ig.com.br