Acho engraçado algumas circunstâncias e, entre as quais, ponho nesta evolução crítica a do momento angrense onde profileram cursos técnicos de meio ambiente, de graduação tradicional (e possivelmente técnólogos) também nessa área ambiental, tendo parte respeitável desses alunos (acadêmicos) e seus familiares promovido recentemente um levante sonoro contra a administração pública do município pela responsabilidade que reclamam que deve haver pela ajuda de custo em seus transportes, contando com nosso apoio. O fato é que não tenho notícias de que esses mesmos alunos, que requerem que a sociedade seja mantenedora de parte de seus estudos, (com o que eu não me oponho), não produzam qualquer ação social que justifique nosso apoio à essa causa. Senão vejamos: a classe pesqueira é sabidamente uma das indutoras da economia local, mas não teve sequer uma visita desses cursos com a oferta de auxiliá-los em estudos necessários. Cito outro, o Ariró está sofrendo um novo desenho com a discussão pública do seu microzoneamento e, pela fala dos representantes da comunidade, já pagam um alto preço pela vizinhança do Aterro Controlado; e agora são objeto de cobiça dos municípios vizinhos para recebam a sua produção de lixo também; igualmente não vejo a inserção desses cursos no debate. Na Audiência Pública do Consórcio do Lixão, na Câmara Municipal, também não os vi por lá. Na discussão orçamentária, também não os vi participando. Enfim, sobram exemplos para esta crítica dizer o seguinte, os cursos técnicos e de graduações técnólogas e tradicionais de Angra, principalmente na área ambiental, sabem dar vazão à sua voz quando pedem, mas ofertam um obsequioso silêncio quando a sociedade mais precisa. Essa é para reflexão mesmo.
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11/10/09 20h24min. - adelsonpimenta@ig.com.br