sexta-feira, 2 de outubro de 2009

REINÍCIO DAS OBRAS DE ANGRA 3

O reinício formal das obras da Usina Nuclear Angra 3 será marcado hoje (2) pela assinatura da primeira ordem de serviços do contrato de construção civil. A solenidade ocorrerá durante o seminário Energia Nuclear: Desmistificação e Desenvolvimento, promovido pela Eletronuclear na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Para o assessor da presidência da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães, o documento representa não apenas a retomada de Angra 3. “Mais do que a retomada de Angra 3, ele marca a retomada do programa nuclear brasileiro. Acho que o símbolo é mais forte”, disse ele. A ordem de serviço inclui todo o trabalho que vai ser realizado no próximo trimestre. Já foi feita a regularização do terreno e, no momento, cerca de 600 pessoas estão envolvidas nas obras de impermeabilização, que antecedem a concretagem do marco zero da construção. O marco zero é o primeiro lançamento de concreto na laje de fundação do edifício do reator, explicou Leonam dos Santos. O evento está programado para o dia 1º de dezembro deste ano, na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município de Angra dos Reis. Leonam dos Santos estimou que até o fim do ano o número de operários envolvidos na obra deve aumentar para 1.000, sendo que o pico de contratações será registrado em 2010/2011. Segundo ele, a expectativa é de ter em torno de 5 mil pessoas trabalhando no canteiro de obras. “Nós temos o compromisso de que só se traz mão de obra de fora da região se não houver disponibilidade de trabalhadores na localidade”. Os profissionais mais qualificados serão a exceção. Nessa etapa inicial, mais intensiva, o assessor explicou que o nível de qualificação da mão de obra é menor. A meta é repetir e, se possível, melhorar, o que foi feito em Angra 2, quando se atingiu níveis, na área de construção civil, de 80% de mão de obra local e, na área de montagem eletromecânica, de cerca de 65%. “Eu espero que se consiga mais. De lá para cá, o município tem mais gente, mais qualificação. A meta é, no mínimo, repetir os níveis de Angra 2 mas certamente se espera que sejam maiores”. A construção de Angra 3 trará benefícios para o município fluminense de Angra dos Reis, disse Leonam dos Santos. Entre elas, ele citou a vantagem fiscal. “O município vai quase dobrar a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS), porque todos os serviços prestados, ligados à obra e à atividade de engenharia, recolhem o ISS”. A verba de R$ 150 milhões, referente à contrapartida da Eletronuclear à prefeitura de Angra pela concessão da licença de uso do solo para a construção da usina, deverá começar a ser liberada em 2010. Os recursos serão investidos pelo município, prioritariamente, nas áreas de saúde, saneamento e educação.
Fonte: Agência Brasil
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02/10/09  -  06h54min.  -  adelsonpimenta@ig.com.br