Lidas na imprensa, causou-me profunda consternação as duas primeiras declarações do governador sumido do Rio de Janeiro, SÉRGIO CABRAL (PMDB). Primeiro, após intensas procuras e cobranças, Cabral surge do nada pra dizer que estava em Mangaratiba e que não teria aparecido antes para não explorar o caos em Angra, politicamente. Quando pensei que tivésse ouvido a declaração mais ridícula possível, ele emendou outra: "a forma de ocupação dos morros é irresponsável". Como não soubéssemos disso à fundo. Pois bem, Vossa Excelência (O sumido) meteu essa. Porém, cabe lembrar-lhe (provavelmente lhe tenha fugido a memória) que Angra é a cidade mais próxima de Mangaratiba, e que não cabe esse hipócrita discurso de 'exploração política', por que muito antes de se preocupar com o que poderia ser usado em discurso contra si, havia e há famílias vitimadas pelas consequências das chuvas na cidade, de modo que- a presença das autoridades se faz necessária. Esse papo de que não estava no exterior, não cola também. Quanto a irregularidade na ocupação dos morros, não me recordo de que essa preocupação tenha sido abordada pelo governador em qualquer instante de sua campanha eleitoral, nem está contemplada no orçamento do Estado com reservas de investimentos específicos. Balela! Por fim, no que tange a Ilha Grande, foi com a sua digital que se ampliou por lei a área de expansão imobiliária sobre os morros do local. A lei mais restritiva é a do município. Dessa forma, o governador precisa abandonar essa retórica em desuso no mundo real e pedir desculpas ao povo angrense por ter se omitido em suas responsabilidades políticas diretas.
-
15h39min. - adelsonpimenta@ig.com.br