terça-feira, 5 de janeiro de 2010

PESCADORES DE ANGRA: RIO-SANTOS COMO PALCO DE REIVINDICAÇÕES

Vou debitar na conta da consideração que nutre por mim muitos pescadores e armadores de pesca angrense, o fato de terem me convidado para um café regado a uma prosa pouco convencional. Fizeram-me saber que a Rodovia Rio-Santos seria (e tornará a sê-lo) novamente palco de intensas reivindicações do setor. Há muito descontentamento em relação a pouca atenção prática que lhes vem sendo dispensada pelas autoridades. Ao custo sistemático pela preservação inverossímel da verdade, vale ressaltar que o evento só não se concretizou em função das chuvas torrenciais que caíram sobre a cidade provocando tamanha tragédia, "mas o assunto jamais será esquecido e a ação pensada não será abandonada, apenas aguardaremos o melhor momento", resume o que disseram-me.

Manifestação do setor no passado
Eu estava lá hipotendo apoio à causa
Os pescadores de Angra se sentem encurralados pelos órgãos competentes, "só tendo havido repressão e jamais uma mão ajudadora. Temos sido tratados como bandidos e não trabalhadores", disseram. Isso resume bem o sentimento assistido. Dessa forma, a qualquer instante, a Rodovia Rio-Santos poderá ser novamente fechada pelas manifestações da classe pesqueira, que espera com isso continuar alertando as autoridades sobre as tremendas dificuldades enfrentadas pelo setor. Pessoalmente, creio que é hora de temperar essas reivindicações e aguardar o momento mais oportuno, mas fica aqui um aviso deste blog à quem interessar possa. Os pescadores já mostrarasm num passado recente um forte poder de mobilização. 

Pescadores fecharam a Rio-Santos recentemente
Relembrando:
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Revoltados com o que classificaram de “desinteresse das autoridades”, centenas de pescadores de Angra dos Reis, na Costa Verde, fecharam o tráfego na Rio-Santos (BR-101), no Km 270, altura do Trevo da Praia do Jardim, na tarde de ontem, depois da espera frustrada por representantes da Seap (Secretaria Especial de Agricultura e Pesca) e do Ibama, que não apareceram na reunião que discutiria a questão da falta de licença para 80% dos barcos da frota do município. Segundo os pescadores, são mais de 100 traineiras e 94 barcos de arrasto que atuam na Baía da Ilha Grande, e empregam cerca de três mil pessoas.
Fonte do trecho e arquivo de fotos: 'Diário do Vale'
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00h15min.       -           adelsonpimenta@ig.com.br