sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

UMA CRÔNICA DO DESESPERO DE CABRAL

MATÉRIA EXTRAÍDA
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Muito interessante, a coluna INFORME DO DIA, de hoje. O jornalista Fernando Molica, em uma seqüência de notas, acaba por fazer, não sei se intencionalmente, uma crônica do desespero que tomou conta do governador Sérgio Cabral. Leiam a reprodução abaixo, e em seguida farei meus comentários:

A análise, de que a entrada de Gabeira na disputa garante um 2º turno no Rio é acertada, assim como a avaliação de que isso prejudica Cabral. Cabral está desesperado, porque está governando para a Zona Sul, de olho nos votos dos eleitores mais escolarizados, e Gabeira vai lhe tirar uma boa fatia desses votos. Como na Baixada, na Zona Oeste e em quase todo o interior, eu já passei Cabral, isso reforça a tendência a ter o 2º turno sem Cabral. Gabeira disputaria comigo – caso eu venha mesmo a ser candidato. Agora, observem a que ponto chegou o desespero de Cabral, que está vendo aumentar o risco de ficar de fora do 2º turno:


Cabral pressiona Eduardo Paes para lançar logo o seu pacote de obras para ajudá-lo na capital. Há poucos dias, o mesmo Fernando Molica noticiou que Cabral queria que Paes mudasse o seu planejamento para a execução de obras. Paes estaria decidido a fazer caixa este ano, para no próximo iniciar várias frentes obras, seguindo a cartilha de Cesar Maia, que nos dois primeiros anos enchia os cofres para investir pesado em obras no final de governo.


O medo de Cabral é tão grande que o faz querer interferir na administração de Eduardo Paes. Cabral agora quer indicar mais nomes para o primeiro escalão da prefeitura, usando isso como moeda de troca para conquistar aliados. Acabou dançando na pressão para nomear um apadrinhado para a companhia que vai tocar a revitalização da Zona Portuária.


O governador Sérgio Cabral, à beira de um ataque de nervos mandou procurar o ministro Carlos Lupi, para também pressioná-lo. Não quer que o PDT lance Wagner Montes ao governo do Estado.


O resumo da ópera é um só: Cabral pressiona todo mundo a fazer o que ele quer. Anseia que prefeito, ministro e muitos outros esqueçam dos seus interesses políticos partidários ou pessoais, para serem subordinados ao seu desejo de se reeleger. Resta saber quem está disposto a satisfazer os seus caprichos e a lhe obedecer?
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09h58min.                  -                     adelsonpimenta@ig.com.br