domingo, 28 de fevereiro de 2010

CONCEITO DO ESCRITÓRIO DE GESTÃO

Recentemente o Executivo angrense, sem mais aplausos ou críticas, acresceu em sua estrutura organizacional direta um novo setor, o chamado "Escritório de Gestão". Particularmente, gosto da proposta, mas não estou de posse de todas as informações que cercam o fato, outrossim, nem por isso vou me eximir de falar conceitualmente acerca desse novo modelo de gestão. Há muito que tenho visto gestores públicos gastando muito, investindo mal, sem critérios. A prefeitura tem um papel importante na coordenação do desenvolvimento da cidade, e a aplicação dos recursos não pode se dar sem qualquer planejamento. Quando há projetos mal elaborados e executados, a tendência natural é pelos prejuízos recorrentes aos cofres públicos e má qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade. Exponencialmente, pelo momento que passa Angra, nessa implícita necessidade pela tomada de decisões pela reconstrução da cidade, se faz ainda mais necessária a apresentação de programas e projetos técnica e financeiramente adequados, sobretudo na área de infraestrutura. Porquanto, se no berço dessa proposta pela criação desse Escritório de Gestão  estiver a busca pela correção de uma falha administrativa, terá sido um considerável avanço. Como disse, conceitualmente- entendo que essa nova estrutura deva ser encarregada de elaborar os projetos e programas, repassando a execução às secretarias correspondentes. A falta de projetos para a execução competente das obras públicas, bem como o cometimento do erro de também não submetê-los ao crivo analítico do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente- Cmuma, não tem se mostrado inteligente. Por fim, entendo que esse "Escritório de Gestão", para não terminar se tornando um simples anexo para nomeações políticas sem qualquer fundamento, deva elaborar os grandes e mais impactantes projetos, proceder análises qualitativas, diagnosticar distorções na aplicação dos recursos públicos, apontar caminhos logísticos, interagir tecnicamente as informações internas, entre tantas outras atribuições do gênero. E deve ser integrado por profissionais competentes, pela memória técnica do próprio serviço público, e por profissionais competentes e especializados. Deve ser o extrato técnico-intelectual do governo. Não sendo esse o objetivo buscado, preciso ser convencido de outra possível dinâmica.
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08h21min.                       -                     adelsonpimenta@ig.com.br