Com o lulismo tendo sufocado o petismo (essa para mim é uma realidade inescapável), a novata DILMA ROUSSEF foi "aclamada" pelo Partido dos Trabalhadores / PT, como pré-candidata a presidência da república. Noves fora, faz parte do jogo, afinal LULA goza de uma popularidade e aprovação do seu governo 'como nunca antes na história desse país'. Porém, a tese do "Estado Forte" é que precederá o debate- e sobre ela tenho alguns questionamentos. Tenho por entendimento que a DILMA quer o Estado regulando o mercado, e não o mercado ditando as regras do jogo levando o Estado à cabo. Mas o debate se dará sobre essa tese. Houve inchaço da máquina pública- com aparelhamento partidário; sindicalização no comando de estatais; enfraquecimento das Agências Reguladoras; desimportância às regras preconizadas na LRF com esforço velado pela desimportância do Tribunal de Contas da União (TCU); uma política externa que priorizou acordos ideologizados- em detrimento do pragmatismo diplomático tradicional; entre tantas outras ações que carecem de maior reflexão. E, na carona dessa visão de "Estado Forte", o documento petista para o Plano de Governo da DILMA se insurge com diretrizes muito mais à esquerda do que se imaginava, que assusta- como o controle sobre os meios de comunicação, entre outras medidas com viés estatizante e interventora. Isso preocupa. Espero conhecer melhor a exposição dessa tese pela DILMA durante o pleito, assim como espero ouvir o enfoque que será dado pelos seus adversários, por que preciso sedimentar meu voto em pilares que jamais firam ou agridam conquistas sociais forjadas na labuta de homens democratas e de espírito livre. Não podemos retroagir, e preciso me convencer de que não é essa a pretensão da tese da DILMA.
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08h23min. - adelsonpimenta@ig.com.br