Não por acaso, percebo estar havendo uma distorção na introdutória dos últimos governos angrenses no que tange as definições por prioridades em investimentos na Ilha Grande. É impossível dissociar as raízes dos ilhéus (naturalmente uma comunidade pesqueira), do reconhecido potencial turístico da ilha Grande, como não se pode buscar definições para a Baía da Ilha Grande sem considerá-la pelo mesmo mote. A Prefeitura de Angra começa a discutir os investimentos que serão feitos com US$ 10 milhões, liberados no próximo ano para Angra e Paraty, e informa que os recursos serão usados em ações preventivas e corretivas que visem à qualidade ambiental e a sustentabilidade do ecossistema local.
O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Estado do Ambiente, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO - Food and Agriculture Organization), financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF – Global Environment Facility) e execução do Inea. De acordo com o projeto, a privatização de praias, alteração dos colchões rochosos e manguezais, introdução de espécies exóticas e invasoras, pesca predatória, assoreamento de corpos de água, atividades industriais, lançamento de esgoto e lixo no mar e o óleo derramado pelo intenso tráfego de embarcações são alguns dos problemas que causam os maiores impactos ambientais na região.
Por esse viés, reitero o que venho cobrando há anos, a falta de um 'Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro', também de um 'Plano de Capacidade de Carga' e um 'Plano de Manejo', para a Ilha Grande- pra que então a gente comece a levar esse papo a sério.
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