terça-feira, 13 de julho de 2010

PELA IDENTIFICAÇÃO DE UM NOVO CENÁRIO

Nós estamos de frente a um período em que uma marca é exigida. Esta leitura é de cunho  estritamente pessoal. Com o rompimento político entre os grupos de AURÉLIO MARQUES e FERNANDO JORDÃO; com a eleição de TUCA JORDÃO; com a expressiva votação da educadora oposicionista CONCEIÇÃO RABHA; com praticamente metade da Câmara tendo sido renovada e ainda com um novato sendo o mais bem votado entre todos, sendo o vereador LEANDRO SILVA; com o declínio de "caciques" do poder; com ascensão do grupo de SÉRGIO CABRAL e com o enfraquecimento do grupo de GAROTINHO, aliado a outras possíveis e aceitáveis observações, o cenário político angrense está em franca metamorfose, em busca de uma identidade nova. Essa é a dinâmica do jogo. 

FERNANDO JORDÃO tenta a eleição para a Câmara dos Deputados, e LUIZ SÉRGIO tenta a reeleição; ao que AURÉLIO MARQUES e VILMA DOS SANTOS, principalmente, labutam por um assento na Alerj. Em tese, atores do cenário com força e densidade eleitoral suficiente para ter fôlego próprio na subsistência do pleito. Neste parágrafo já cabem diversas leituras, pois supondo que cada um logre êxito em seu intento, automaticamente se cacifam à disputa majoritária municipal, e individualmente não estão atrelados um ao outro, tendo cada um seu grupo político. Noutra vertente, uns se elegem e outros não (sem especular aqui sobre nomes), já se formará outro ambiente. Logo, reafirmo, o cenário da política angrense está sem uma definição.  Mas na busca.

Pela situação, o próprio prefeito TUCA JORDÃO (que é do grupo de FJ) já esquadrinha sua luta pela reeleição, e por dispor da máquina pública é um ator importante na confecção desse novo cenário, quando dependerá muito de sua capacidade de articular os partidos em torno de sua base de sustentação e agregar valores  para entrar na disputa com força. Neste caso, a avaliação popular de seu governo também deverá ser um fator de indispensável atenção.

Pela oposição, a forma como vem marcando suas ações agora e sua capacidade de pôr em xeque as ações governamentais, aliado a valores que podem ser agregados é que dará o mote de sua capacidade de reverter ou não o jogo. Por fim, não sendo a política (e graças a Deus por isso) uma ciência exata, do oculto é sempre possível surgir algo novo. Mas, não sendo um fenômeno político, uma surpreendente novidade, fica muito difícil que o jogo não seja embaralhado entre os grupos descritos nesta evolução. Ao debate!
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 11h06min.              -                     adelsonpimenta@ig.com.br