Cabeçário único:
É como se o tempo urgisse, pois a pressa com que me cobram os meus honrados leitores para que eu proceda uma análise de um provável cenário eleitoral em 2012 -em Angra -assusta, especulando probabilidades a partir das movimentações de hoje, 2010. Tarefa das mais intrincadas, mas prazerosa. Azeitemos a prosa então.
PMDB
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É o partido da vez. Controla a máquina, é aliado dos governos estadual e federal e, além de reunir estrutura e poder, tem em suas fileiras lideranças importantes como a do ex-prefeito da cidade, dois vereadores no exercício do mandato e outros ex-vereadores e ex-secretários municipais. Pela lógica (embora a política desconheça isso) é o tem mais cancha para disputar o pleito em francas condições de vitória. Se conseguir dar as respostas reclamadas social e politicamente pós-tragédia, com projetos bem elaborados e executados, e não desagregar sua base de sustentação parlamentar e partidária, e avivar a interlocução institucional concorrerá com muita força pela reeleição, dado esse conjunto da obra. No entanto, ao cometer erros a frente da gestão municipal, sejam eles quantos e quais forem, pode estar dando munição à oposição. A eleição do ex-prefeito da cidade à deputado federal é uma aposta alta, mas aparentemente com prévio ensaio em caso de vitória, e facilmente remediada em caso de derrota. É uma busca de mais ocupação de espaço do sistema. Não será um processo de escolha dos mais fáceis, mas -inegavelmente- o partido ainda é o mais forte neste cenário.
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