Tenho tentado construir uma linha analítica em que consiga ler as estratégias de planejamento urbano adotadas em Angra pelos governos das duas últimas década até o atual. Comecei apenas o trabalho, e careço de auxílio. No processo inicial em que participei quando da revisão decenal do Plano Diretor Municipal, na gestão do ex-prefeito FERNANDO JORDÃO, a sociedade civil naquela altura apontava o turismo como vocação natural do município.
Pois bem, anterior a isto, já estavam instalados na cidade um enorme parque de indústria naval, de imprescindível importância para a economia local; uma base operacional da Petrobrás -que elevou a cidade a condição atual de maior exportador do país, mesmo sem produzir uma só gota de petróleo; as unidades da usina Nuclear, inéditas no Brasie já com a terceira em construção; e mantinha -como ainda o é- na atividade pesqueira uma das mais rentáveis e bem distribuídas rendas comerciais da região, basta ver que Angra elevou no ano passado (2009) sua condição a maior produtara de pescado de sardinha verdadeira, nacionalmente. Já quanto ao turismo, não há números disponíveis e nem estatísticas de valores agregados, disponíves, mas é sim sabidamente importante, só não sei até que ponto se sobrepõe as demais atividades -hoje.
O porto não foi equipamento produtivo esquecido, mas deixado propositalmente por último nesta evolução, por ser a estrela da vez, já que a francesa Technip anuncia investimento de R$ 60 milhões na 1° fase do seu projeto de expansão portuária, e as obras com previsão de entrega para 2012 (ano de eleições municipais), incluem a construção de um terceiro berço em base de apoio petrolífero.
Entendamos que há um campo de razoáveis oportunidades que precisa ser habitado por um planejamento eficaz e, antes de qualquer outra coisa, estratégico. O prefeito TUCA já anunciou a necessidade de se franquear uma discussão pela verticalização; houve também o anúncio da criação de uma reserva de área para fins industriais; a Ilha Grande foi eleita entre as 7 maravilhas do estado; o município é um dos indutores nacionais do turismo e é também um canal impertante para o escoamento da produção nacional petrolífera. Então pergunto, e aí?
Precisamos urgentemente trabalhar essa discussão pública em busca de um planejamento para a cidade. Contem com a modéstia este autor.
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18h07min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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