Hora de fazer um balanço crítico. E eu o faço, agora!
Me sinto muito à vontade em proceder com esta análise, afinal esta é minha contribuição. Entendo que o evento tenha muita importância, desde que cumpra a sua finalidade anunciada em sua origem; qual seja, a de movimentar o turismo religioso no município. Nesse sentido, não é possível integrar os dados, pois não há disponível essa fonte -nem num sítio próprio dos meios de hospedagem, nem pela Associação Comercial e nem tampouco pelo próprio endereço eletrônico do evento; este que, aliás, sequer promove balanço financeiro dos recursos recebidos e dos gastos feitos. Observem, que houve emprego de dinheiro público em sua realização. Ainda neste cenário, não há também uma formulação disponível quanto aos negócios feitos na Angra Expo. Cito, à título de ilustração, que os stands foram negociados, e não há disponibilidade de informe quanto ao destino dessa fonte. Visto não haver finalidade pela obtenção de lucro no evento, uma das vias possíveis, sugiro, seria o depósito desses recursos num Fundo específico -à ser criado-para a busca da gradativa sustentação própria na promoção das próximas edições, como aliás -também fez parte das justificativas iniciais.
Estive lá prestigiando a grande festa e, sinceramente, percebo certo declínio no evento. O espaço coberto para onde ficou reservada uma área para as empresas expositoras que, em tese justificaria o emblema de 'Expo' dado ao evento, ficou limitada pela ocupação alguns poucos comércios da cidade e uma o outra loja de fora. E dessas, temática mesmo, só vi a Sociedade Bíblica; no mais, comércio de roupas, sapatos e doces -menos artigos religiosos direto, salvo a venda de alguns CD's. É pouco, e já foi muito melhor. Os shows é que assumiram a estrela da festa, mas o propósito de uma 'Expo' é outro. Uma curiosidade interessante é a de que um dos pastores organizadores desta edição vendeu sua igreja, que hoje serve há um depósito. Coisas que só Deus explica. Outro fator muito comentado por quem é do meio, tem sido a ausência dos nomes dos pastores que presidem ou dirigem os templos com maior quantidade de fiéis e agregados em suas organizações evangélicas.
Conforme apercebido pelos recenseadores do IBGE, há uma orientação dos principais líderes evangélicos do país para que os fiéis respondam sobre suas religiões e sobre a qual denominação pertencem. Isso tem fundamento. Relata o 'Valor Econômico', que 15 milhões de turistas têm interesses em explorar destinos religiosos, pelo que informa o Ministério do Turismo, com base em levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe). Até mesmo um cruzeiro foi fretado por 4 mil jovens evangélicos, em parceria com o Grupo da Igreja Universal. Esses são claros demonstrativos de que o segmento está se organizando. Me recordo que há alguns anos o empresário de um jogador de futebol queria desenvolver um projeto voltado para o público cristão, na Praia do Provetá (Ilha Grande). Enfim, creio que seja a hora de o Conselho de Pastores sentar à mesa com a TurisAngra e planejar juntos o desenvolvimento potencial desse setor. Este blog se dispõe no adjutório.
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16h23min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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