Estamos a uma semana do pleito eleitoral e receio haver no consciente coletivo mais dúvidas que certezas. Primeiro, entendo que a campanha do TRE pela instrução do voto tem sido falha, não logrando êxito. Basta conversar com os eleitores que se perceberá tamanho grau de desinformação quanto ao processo eleitoral. Os candidatos as eleições proporcionais se destacam mais pelo volume de trabalho e conseguem chegar mais nessa coletividade, mas os que se propõem à majoritária, principalmente ao Senado, quando serão eleitos dois representantes, há muitas dúvidas. Há pessoas (e são muitas) que sequer sabem que votarão em dois nomes. Quanto a divulgação partidária de cada um, o problema é deles, mas em relação a pedagogia do pleito e orientações de como se dará a votação, creio haver deficiência na comunicação institucional do TRE. Segundo, não creio sinceramente na capacidade operacional dos órgãos fiscalizadores em dar conta de tão grandiosa eleição a ponto de zerar as bocas-de-urna -dada a sabida carência de estrutura material e humana; logo, penso que haverá essa ação -ainda que disfarçadamente, afinal é ilegal e dá cadeia, além de punição ao partido e candidato, mas ainda serve para influenciar e muito o cidadão na ante sala da urna. Desse modo, creio que ainda estejamos muito longe de aferir a qualidade sociológica do voto na busca de sua representatividade eletiva proporcional, e torço pela aprovação de uma reforma política que incuta o voto distrital misto. Para esta eleição, falta uma semana.
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02horas - adelsonpimenta@ig.com.br
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