Pouco menos que duzentos mil eleitores vão as urnas no dia de amanhã
na região do Sul Fluminense.
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Do lado de cada da mesa, os cidadãos -desconfiados de que o descrédito político brasileiro não seja superado, e preocupados com que tamanha demanda nacional e outras tantas regionais não sejam equacionadas, suponho eu. Em xeque, a capacidade de gestão tão necessária para os próximos governantes, nem tampouco há boa vontade social com os deputados, quando tanta novidade no cenário requer que consigam travar os debates que realmente importam -produzindo resultados efetivos para todos.
Do lado de lá da mesa, os candidatos. Ávidos pela vitória. Uns a qualquer preço, custe o que custar. Outros que ainda creem na capacidade das articulações e do imenso trabalho que os levaram a postular mandatos eletivos. Ao certo mesmo, a amostragem científica de que o país está dividido em seu consciente eleitoral. As pesqisas de opinião pública, fartamente publicadas pela mídia em geral, dão conta de que mais da metade do eleitorado brasileiro está indeciso, sem saber em quais candidatos votar para representá-los, e outra multidão não enxerga mais esperança nos políticos, e pensam em anular seus votos. Reformas serão invitáveis, a começar pela política.
Pelas bandas de cá, o Sul Fluminense, proposituras de todas as tendências ideológicas, pragmáticas, fisiologistas e afins. Tem pra todo o gosto. Talvez a situação econômica da região ou a necessidade dos partidos políticos para alcançar o quoeficiente eleitoral, ou até mesmo uma terceira leitura que possa surgir, constituem fundamentos de um processo de escolha eleitoral atípico. Só de Angra, pleiteiam uma cadeira na Câmara de Deputados -dois ex-prefeitos da cidade, entre outros; e para a Alerj -dois vereadores em pleno exercício do mandato, o atual vice-prefeito, e um ex-deputado, entre outros. Ao que, desde o princípio defendo a tese de que se as campanhas eleitorais de cada um optasse pela conscientização do voto distrital e esta surtisse o efeito desejado, a região poderia sair fortalecida com dois assentos em cada Casa Legisltativa. Há constestações, mas é tese.
Por fim, este processo local já instrui.
Elementos novos deverão ser considerados doravante, tais como: um judiciário ainda mais atuante, uma Câmara mais vigiada, um governo mais questionado, uma mídia impressa mais discutida socialmente, uma mídia radiofônica mais influente, uma mídia televisiva mais dividida, uma mídia alternativa (sites e blogs) ainda mais independentes e lida. O anônimato na rede, quanto mais assiduidade tem, mais questionamentos das autoridades sofre pelo conteúdo proposto. Há excessos. Os blogs de autoria conhecida, ainda mais cobrados. O movimento sindical discutindo mais política, o movimento popular enfraquecido, as mobilizações de classe ainda mais disputadas. Nada, daqui pra frente, será igual do mesmo. Há novidades e há expectativas. Creio que o exercício do diálogo será instrumento de força novamente. Continuarei...
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00h24min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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