terça-feira, 9 de novembro de 2010

'CARTA CAPITAL' INVENTA XENOFOBIA

O competente jornalista MINO CARTA é um dos profissionais por quem cultuo maior admiração e respeito, sou consumidor voraz de suas escritas e observador atento de suas defesas ideologizadas, e nem sempre -invariavelmente- concordo com suas análises. Minha relação de leitor com a literatura dele é de intenso conflito para mim; ou seja, quanto mais discordo, mas o admiro. Enfim. Todavia, a meu ver, dessa vez ele exagerou. O movimento xenofóbico que a jornalista CYNARA MENEZES inventa existir  no Brasil, ainda que disfarçado numa redação existente -esta sim- por 'bode expiatório', na verdade, não existe. Não nos termos buscados nem no sentido criado pela escritora, e fatalmente consentido pelo MINO CARTA. Esse papo todo descrito entre as páginas 26 e 29, para mim, enquanto fã que sou, e já assumi isto aqui, do jornalista, nada mais é que manter-se ainda sobre o palanque. Nossa gente, nordestinos ou não, compõem a riqueza de nosso caldo cultural, e desavenças ou discordâncias desse ou daquele ponto de vista existe normalmente. Até xenofobia também. Mas que, no conjunto da obra, só podem ser enxergadas de forma isolada, assim como vários outros exemplos possíveis também -independente de cada lado político esteja. O país não está dividido coisa nenhuma, ao menos por este viés induzido da revista 'Carta Capital'. Falemos, por exemplo, sobre a má distribuição de renda e oportunidades, e teremos um debate sobre um tema em que considero possível enxergar o país então dividido. Xenofobia não, isso é invenção, até por que -quando se referia a assuntos dessa ordem, era o Presidente LULA quem falava em voz alta pelos microfones da vida -"nós, e eles". Essa é minha modesta opinião.
-
01h55min.            -           adelsonpimenta@ig.com.br

Nenhum comentário: