Tenho percebido certa movimentação dos presidentes de partidos políticos de Angra, que se intensificou após a eleição da DILMA para presidente. Na verdade, mais do que nunca as eleições de 2012 já ocupa o imaginário dessas agremiações. A oposição local, que tem um deputado federal e três vereadores (isso na relação direta com o município) está a procura de um discurso. Isso lhe falta. O Governo local, por sua vez, ensaia uma reforma administrativa, mas faz contas. Sabe que se errar a mão, criará mais dificuldades que a leitura das zerésimas das últimas eleições. Dessa forma, o pensamento primário de cada legenda está no começo da montagem de suas nominatas (candidatos a vereador para alcance do quociente eleitoral). Uma discussão ainda entreouvidos, mas que seguramente tomará o Plenário da Câmara -está na necessária revisão da Lei Orgânica Municipal para o aumento de cadeiras, conforme autoriza a legislação.
O fato é que, parte importante dos pretensos candidatos à vereança nas eleições de 2012 precisam viabilizar realizações sociais, discutir com profundidade temas de ordem pública, alguns até precisarão se desvencilhar de suas responsabilidades profissionais na iniciativa privada para se dedicar ao serviço público, entre outras medidas que precisam tomar para demonstrar à sociedade suas condições apropriadas de disputa ao pleito -de modo a representá-la na Câmara Municipal e, nesse sentido, a máquina é sempre condutora do processo, sob qualquer circunstância e em qualquer esfera de governo. O desafio, a meu ver, da oposição, é definir uma identidade que anime alguns desses pretendentes ao poder local, para que estes se insiram no bloco de disputa oposicionista. Neste contexto (muitos outros são perfeitamente possíveis) os partidos governistas tendem a crescer. O espaço para uma terceira via existe, mas estruturá-lo e operacionalizá-lo terá de ser uma busca ainda mais desbravadora -aos que se insurgem contra a disputa polarizada dos últimos anos.
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13h50min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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