sábado, 18 de dezembro de 2010

ELES SURGEM DAS "FALHAS"

Cá com meus botões -como diria meu velho pai, me entrego às análises do cenário social e político angrense, onde invariavelmente me apequeno cada vez mais, por que -quanto mais estudo a conjuntura, descubro que menos sei da matéria. O bacana disso é que o processo realmente instrui. Pois bem, um recorte desses devaneios eu diria que está na concepção dos novos movimentos sociais surgidos ultimamente no município. Retomemos alguns fatos, antes: o movimento comunitário (tão forte e presente noutro instante), por conta de compromissos alheios a causa coletiva de suas lideranças (salvo honrosas excessões), sucumbiu; o sindical -inda grita, mas às expensas de suas lutas de classe, no mais, um pitaco aqui outro acolá -e só; os Conselhos foram trazidos formalmente (em sua maioria) para agregar suas lutas à confecção de agendas -normalmente de iniciativa governamental, e por aí vai. Resta ver as inserções pífias de tais movimentos nas discussões públicas ultimamente, justamente quando suas digitais fariam grande diferença. No entanto, há falhas, e isso é inevitável. E é nestas lacunas que estão surgindo ou se fortalecendo outras organizações, tais como: associação dos desabrigados, associação dos estudantes, 2 novas associações comerciais -sendo a da Japuíba e a do Parque Mambucaba, associação de locais afetados pelas enchentes, associação dos pescadores artesanais, e por aí vai. O fato é que, nestes casos, se a liderança sucumbir ou for cooptada -esta tende a se enfraquecer, e não o movimento (como nos casos que citei anteriormente), por que eles (estes novos movimentos) surgem das "falhas". Parem pra pensar. Cabem novas leituras. É o jogo!
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17h31min.         -         adelsonpimenta@ig.com.br

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