A matéria do jornal 'A Tribuna' sobre as condições exigidas neste tempo para que as atividades portuárias não atentem contra as questões ambientais na cidade, é realmente muito interessante. A opinião dos especialistas do setor, ouvidos pelo jornal, ajuda a conhecer ainda melhor a essência dessa questão. Não obstante, vale relembrar que a empresa Technip discute com os seus técnicos e começa a consultar os órgãos ambientais licenciadores quanto a um megaprojeto de ampliação e modernização do Porto de Angra, que demandará numa primeira fase a bagatela de R$ 600 milhões. É dinheiro à vera. O projeto, apresentado de maneira pública e ainda superficial, é algo extraordinário, que seguramente elevará a capacidade portuária angrense a limites talvez até desconhecidos, e isso é ótimo; no entanto, as questões urbanísticas da cidade, que envolvem todo o plano diretor de logística para chegar e escoar essa produção, tanto pelos modais em terra, quanto pelo mar, sequer foram aventados ainda, e a questão da segurança e mobilidade urbana merecem um capítulo à parte. Tudo isso precisa gerar debates, sempre produtivos. Não se trata, por fim, de nenhuma defesa contrária ao projeto, pelo contrário, mas basta ler a matéria com os especialistas para saber que é preciso se pensar em absolutamente tudo na confecção de um projeto dessa envergadura. A hora é essa. Sou favorável ao progresso, mas sempre com responsabilidade.
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11h31min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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