sexta-feira, 11 de março de 2011

ASFALTO-BORRACHA

Segundo a jornalista FLÁVIA OLIVEIRA ("Negócios & Cia"), no 'O Globo' de ontem (10), o Estado do Rio deve ser o primeiro do país a determinar o uso de asfalto-borracha em substituição ao convencional, na pavimentação de estradas. O decreto do governador SÉRGIO CABRAL deve sair em maio, semanas após a inauguração, em Cachoeiras de Macacu, da primeira via fluminense com o também chamado asfalto ecológico. O asfalto borracha é produzido com adição de 20% de pó de pneus inservíveis. As explicações técnicas e ecológicas servem para justificar o aumento dos custos, segundo o governador, que disse ainda: _"Enfrentaremos um lobby poderoso, dos fabricantes de asfalto convencional e das empresas de manutenção de via". É o que consta na 'nota'.

OPINIÃO
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Não sou especialista do ramo, senão modesto blogueiro, mas penso que a enfatização do governador de que enfrentará e resistirá ao que chamou de "forte lobby" dos empresários, não me convence. Isso, a meu ver, serve mais pra jogar para a galera. Ora, empresário sério e bem estabelecido se adequará ao que preconiza a legislação e participará dos certames licitatórios normalmente, como sempre ocorre. O ponto crucial dessa coisa é outro, o aumento dos preços de implantação e manutenção. É sobre isso que o governador deveria tocar mais no assunto. Os resultados serão ecologicamente mais coretos, então -perfeito. Mas, a pergunta é: haverá aumento de tributações sobre o suor do trabalhador para que isso ocorra, ou o governador está disposto a pagar mais por um serviço melhor -com os recursos que já tem a disposição? Essa é a chave, a meu ver. Por fim, por se tratar de um material mais específico e mais caro, o processo de investimento será seletivo ou democrático? Por isso, ao jogar sobre uma suposta revolta dos empresários, entendo que o governador queira mesmo é tirar de seu colo a responsabilidade de assumir que pagará mais por um bom serviço, mas que para isso o povo que espere -pois a faca no pescoço (ou a mão no bolso) vem por aí. Mas, enxugar a máquina que é bom para gerar economia e sobras para mais investimentos -ele não discute. Muita calma nessa hora pessoal, pois o papo ecológico para mim, por enquanto, é só conversa fiada. Esperemos pra ver, e tomar que eu esteja errado.
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13h35min.      -        adelsonpimenta@ig.com.br

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