Eu os convido à uma reflexão acerca do modo de governar do prefeito angrense TUCA JORDÃO (PMDB). Uma coisa é certa, a meu ver, ainda que tenha se originado no processo eleitoral passado sob a tutela do ex-prefeito (e hoje deputado federal) FERNANDO JORDÃO, o que -em tese- seria um continuísmo -o mandato que exerce não tem sido assim, tutelado. TUCA, que herdou um cenário, já remontou outro. Explico: _suas escolhas pela equipe de primeiro e praticamente todo o segundo escalão -se deu por digital própria, não necessariamente pelas indicações dos partidos políticos aliados. No muito, na ocupação de cargos comissionados, sua caneta ainda serve à alguns vereadores da base aliada. Ainda assim, há filtro. Na mesma medida, há reclamações, pois há quem sempre queira mais, mesmo tendo sido contemplado. Pois bem, aqui cabem duas observações: a) A descontinuidade nas indicações dos partidos, sendo que, nalguns casos, os próprios presidentes das legendas é que ocuparam cargos comissionados; b) A distância entre as reivindicações dos partidos, e as indicações dos vereadores. Todavia, o prefeito não reclama exatamente disso, mas da falta de uma linha programática de alguns partidos. Sendo assim, só para exercício de análises, TUCA assumiu compromissos importantes, ao que citaria aqui, por exemplo: a) todos os estudos técnicos acerca das condições de segurança climática e urbana, além da questão do transporte coletivo -culminando com o anúncio da redução nos valores das passagens de ônibus para R$ 1; b) as obras de engenharia complexa e cara de contenção dos morros da cidade (com recursos próprios, já que os valores prometidos pelo governo federal só chegou em um pedaço); c) a inclusão social -agregado a pedagogia do ensino público, com um computador por aluno -além das escolas iniciais de ensino em tempo integral; d) investiu em equipamentos públicos de grandes valores agregados como a reforma de escolas, e construção de novas unidades, reforma de postos de saúde e ampliação na oferta dos serviços, bem como creches, enfim; e) além da corajosa iniciativa de assumir o passivo da Santa Casa (que, em números iniciais chega a mais de R$ 20 milhões), sem intervenção, mas propondo uma gestão compartilhada. São medidas imponentes, que mexem com as reservas financeiras disponíveis para investimentos, por exemplo, em ações de maior visibilidade eleitoral. TUCA optou por um governo assim, de realizações de porte estrutural, mas com baixa visão política. Há reclamações, o que é natural de todo e qualquer governo, mas o desafio agora do prefeito é mostrar à população que sua decisão de governar dessa forma, foi a mais acertada. Essa foi a sua aposta.
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08h35min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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