Não vai bem, como deveria, a relação de confiança política entre os municípios e os Estados -considerados "produtores de petróleo". Essa é a minha impressão. Se perguntados, negarão -com certeza. Até que o Projeto de Lei 8051/10, subisse à pauta da Câmara dos Deputados, a relação era mais que amistosa, era de hipotética 'parceria' e de diálogo desburocratizado. Hoje, não. Todavia, ainda que o veto do ex-presidente LULA, acompanhado dessa nova Proposta do Executivo, confira margem de sossego financeiro aos Estados que, em cálculos das entidades que representam os municípios nessa história, vai de 23% para 25%, a coisa tende a degringolar no Congresso, caso se mantenha esse fosso entre tais entes federados.A União espia, mas -a meu ver- meio que lava as mãos, afinal há limites para sua inserção sobre o assunto e seu naco econômico está saudavelmente mantido nesse processo, logo, quanto menos desgaste, melhor. O apalavrado entre o ex-presidente LULA e o governador do Rio, SÉRGIO CABRAL (que até ontem falava aos berros pelos corredores do Congresso Nacional e em elevados decibéis pelos microfones midiáticos, além de planger copiosamente em eventos públicos, quando acusava "roubo" sobre a grana do Rio; e hoje se recolhe a um obsequioso silêncio), não deve servir só como parâmetro, mas também como um alerta aos municípios. Enquanto isso, a CNM vai jogando bola nesse espaço vazio, proporcionado por essa distância entre municípios e Estados, "produtores". O alerta deixado pelo Ministro das Relações Institucionais, LUIZ SÉRGIO (conforme publiquei ontem), deveria ser lido num capítulo à parte -de 'recomendações'. Senhores prefeitos e governadores, se couber uma sugestão nessa luta federativa intestina, retomem as confabulações. Urgentemente.
É o jogo!
-
12h35min. - adelsonpimenta@ig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário