O secretário de meio ambiente de Angra, MARCO AURÉLIO, emitiu 'nota oficial' onde informa ter ido a Campinas/SP conhecer uma empresa que emprega "tecnologia alemã" numa 'Usina de Lixo'. Pela redação da 'nota', voltou de lá empolgado com a idéia. Em um trecho a 'nota' diz que _"Este tipo de tecnologia está sendo implantado em outros municípios", e acrescenta: _"Numa área de aproximadamente 10 mil m° dá para implantar essa usina, para trabalhar, que já atende a demanda". E finaliza dizendo que a informação sobre essa tecnologia será levada ao conhecimento do prefeito TUCA JORDÃO. A 'nota' diz ainda mais algumas coisas, mas é perfumaria.
OPINIÃO
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É preciso dizer que na cidade de Campinas realmente tem centros de excelência em termos de engenharia ambiental, além de empresas de muito bom porte técnico e estrutural, logo, o secretário foi a um lugar recomendável. Todavia, acuso erro no procedimento. Ora, é sabido que a questão dos resíduos sólidos na região é precária, como também sabemos que -por força de lei- há a obrigatoriedade de se elaborar o Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Nesse sentido, antes de o secretário buscar o convencimento do prefeito quanto a uma tecnologia (que pode até ser uma boa, vale a discussão), eu entendo que ele precise cumprir etapas. O Plano Municipal é justamente quem vai dar os caminhos à seguir, e definir qual a política governamental pensada para o assunto. Sem essa etapa ser vencida, o debate pode ser lido de diversas outras maneiras. A 'nota' fala em "outras cidades", mas não cita quais, nem reflete sobre como está o funcionamento. Para finalizar, deixo ainda uma outra sugestão ao Prefeito TUCA JORDÃO, para que seja aberto um procedimento pela prefeitura, para que todas as empresas brasileiras que lidam com a questão apresentem suas formas de trabalho e as diversas tecnologias à disposição -que cada uma utiliza. Depois, então, será mais fácil contratar uma empresa de consultoria para que as propostas técnicas apresentadas sejam melhor avaliadas. Tudo com critérios e publicidade. Vale lembrar, que foi uma empresa de Campinas a contratada para a transformação do Lixão do Ariró, num Aterro sanitário, que depois viria a ser Controlado. É preciso mais discussão, para que o município encontre a melhor e mais responsável forma de lidar com seus resíduos sólidos.
Aos debates!
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16h22min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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