sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PR. MALAFAIA FALA À 'PIAUÍ'

A entrevista do Pastor SILAS MALAFAIA à 'Revista Piauí', se lida com desatenção pode até mesmo desviar o foco das reais intenções anunciadas pelo pregador; portanto, uma leitura que requer cuidados -e críticas. O perfil do líder religioso e a prosa bem elaborada pela jornalista DANIELA PINHEIRO, sob o título "Vitória em Cristo", mostra um pastor evangélico implacável com as questões da atualidade que ferem os preceitos bíblicos, e sob esse ponto de vista eu corroboro com o SILAS MALAFAIA, embora creia que a forma de pronunciar isso pudesse ser outra, menos agressiva. Em determinado trecho o Pastor ousa em mostrar o tamanho de seu trabalho: "Eu gasto milhões, milhões e milhões por mês com horário na televisão, congressos, cruzadas evangélicas, treinamento de pastores, abrindo novas igrejas. Como se paga isso? Não é um anjo do céu que desce com um cheque em branco para mim ". Isso suscita um outro debate, mais profundo. Quando o Pastor, todavia, fala dos salários pagos aos demais pastores, que vão de R$3 mil até R$ 20 mil, há que se refletir um pouco mais. 
Há outros benefícios que incluem casa mobiliada, escola para filhos e plano de saúde, com os quais concordo. No 'Blog do Saraiva' a leitura é mais ácida. Particularmente, creio que seja necessária a observação das responsabilidades colocadas nas mãos de cada líder religioso, pois há igrejas de diversos tamanhos e com demandas variadas, por isso fica difícil a generalização, mas, convenhamos, que posta da maneira que foi, a questão permite interpretações distorcidas -por vários motivos, entre os quais destaco: a realidade econômica do povo brasileiro; a média salarial de mercado; as dificuldades do crente para cumprir com seus compromissos e pagar seu dízimo, enfim. A igreja cumpre um papel primário que é o resgate espiritual das pessoas, e não pode abdicar de suas finalidades sociais, portanto, os líderes precisam sim serem remunerados -mas dentro dos limites do bom senso. esse debate é longo, sem dúvidas. A falta de exigência de cursos universitários e os muitos postos de trabalho abertos para essa atividade, conforme discorre a matéria, cria inclusive um ambiente de concorrência entre os "ministérios eclesiásticos" por tais pastores. O debate aqui é profundo, e gostaria de ver os blog cristãos trazendo este assunto à baila para balizar nossa busca por melhor compreensão e mais entendimento de tais questões.
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15h37min.       -         adelsonpimenta@ig.com.br 

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