quinta-feira, 29 de setembro de 2011

UM DIA DIFERENTE, EM ANGRA

O dia de ontem foi diferenciado para mim no que tange a uma dificuldade que escrevo sempre, qual seja, a falta de mão-de-obra qualificada, no município angrense. Sem dar as referências diretas, vou narrar os fatos: 
1°) Pela manhã, fui tomar um cafezinho com algumas pessoas numa bonita padaria no bairro Parque das Palmeiras. Ao ser atendido pelo proprietário, que é um amigo, perguntei por sua outra padaria no Centro da cidade, quando me disse _"graças a Deus, fechei". Não entendi e perguntei o motivo, quando o amigo reclamou da mão-de-obra, informando que está buscando gente do Ceará para trabalhar, e que naquele instante ele estava tendo que atender por que dois funcionários angrenses faltaram no mesmo dia e sequer o avisaram.
2°) Fui a uma oficina na Praia da Chácara para trocar o óleo do meu carro, quando o proprietário, que é um amigo e excelente profissional mecânico, me pediu desculpas e perguntou se eu poderia voltar hoje. Perguntei o motivo, ao que me mostrou vários carros parados e com serviços atrasados, e acusando a falta de dois funcionários sem sequer terem o avisado. Me disse mais, que irá buscar pessoas de outros estados para trabalhar, já que estará comprometendo seu negócio se continar assim.
3°) Esse eu posso citar, o amigo HELINHO DO SINDICATO tinha uma conversa comigo, quando seu telefone tocou. Naquele instante, uma empresa que presta serviços ao estaleiro Brasfells pedia soldadores qualificados para emprego imediato. HELINHO, que Preside o Sindicato dos Metalúrgicos disse, não tenho mais pessoal que atenda a essa exigência, já que a empresa Brasfells havia acabado de contratar 50 desses profissionais. Foi quando vi o amigo HELINHO ligar para o Sindicato e levantar os currículos para identificar se havia gente para atender a essa oportunidade de emprego, como o vi pedir para que avisassem aos demais diretores do sindicato quanto ao fato.
4°) Finalmente, à noite, minha esposa queria lanchar e resolvemos ligar para um conhecido serviço de lanches, várias tentativas e nada -o telefone tocava mas ninguém atendia. Resolvi ir pessoalmente até a lanchonete, de propriedade de um amigo muito competente, e lá soube que só havia uma atendente no serviço de call-center por não ter sido encontrado gente para trabalhar. E mais, soube que boa parte dos funcionários são de outras cidades e estados, com a empresa tendo alugado uma casa para que fossem confortavelmente acomodados, já que em Angra estaria havendo problemas com tais contratações.
Gente, estou impressionado e isso, sinceramente falando, não pode ser considerado como uma situação normal.
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09h26min.        -       adelsonpimenta@ig.com.br

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