sábado, 7 de abril de 2012

TPN OU TEBIG? OU OS DOIS? E AGORA?

Segundo a 'nota' do Deputado Federal LUIZ SÉRGIO (PT/RJ), o Diretor de Abastecimento da Petrobras, PAULO ROBERTO COSTA, lhe teria dito em reunião que contou com a presença do Vereador de Angra, ÍLSON PEIXOTO, que "o Tebig (Terminal da Baía da Ilha Grande) não concorre com o TPN" (Terminal da Ponta Negra) em Maricá, sendo que embos os projetos constariam no Plano de Investimentos da Petrobras. Segundo a matéria do 'O Globo' e do 'Extra', o 'Projeto do porto em Maricá causa polêmica', os ambientalistas, surfistas e sociedade dizem que a Praia da Jaconé (local escolhido para a construção do PTN, pelo Estado) é um berçário de baleias, entre outras espécies. O Prefeito da cidade de Maricá, o petista WASHINGTON QUÁ QUÁ, diz que não e, de certa forma, faz uma declaração no final da matéria que pode ensejar uma leitura de perigosa rivalização entre as cidades.

1° foto: TEBIG (projeto de ampliação) / 2° foto: PTN (projeto de construção) 

OPINIÃO
Começando por números (economia pública): 
TEBIG (Terminal da Baía da Ilha Grande): o projeto de ampliação do está estimado em R$ 2 bilhões, segundo o Deputado Federal FERNANDO JORDÃO; 
TPN (Terminal da Ponta Negra): o projeto de construção está orçado em R$ 5,4 bilhões. O projeto para Maricá é defendido por interesses corporativos e tem como principal discurso para a população local a geração de 12 mil empregos, e tecnicamente a conversa é a de que o porto (que estão chamando sugestivamente de o porto do pré-sal) atenderá ao abstecimento do Comperj. A declaração da LEANDRA GONÇALVES (coordenadora de clima e energia do Greenpeace do Brasil), a meu ver, não só dá o tom da coisa como contrapõe os argumentos do Secretário petista de Ambiente do Estado, CARLOS MINC. Veja, pela desautorização do projeto do Tebig... 
Ele diz:_"botos cinzas morreram e é preciso preservar as tartarugas, e não será autorizado também por que o Terminal ficará a 2 km da Ilha Grande". 
Pela desautorização do TPN em Maricá... 
Ela diz:_"o projeto precisa ser repensado, pois a região é de suma importância para a sobrevivência de quatro espécies diferentes de baleias: jubarte, orca, franca, bryde -da qual se conhece muito pouco. A área onde ocorrerá o descarte, segundo o EIA_Rima do empreendimento, está localizada apenas a 2 km das Ilhas Maricás, área de inestimável importância no que se refere ao turismo e a economia local e a ecologia marinha. Ainda, conforme o Relatório, a mancha de dispersão dos efluentes liberada pelo emissário atingirá diretamente a Área Marinha pertencente ao Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) e a APA de Maricá, colocando em risco os sistemas hidrográfico e lagunar, desrrespeitando as leis do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza)".
Então, voltando a referência da postagem, o que diz o Secretário CARLOS MINC não bate com o que diz a 'nota' do LUIZ SÉRGIO. No que se refere aos valores estimados para cada projeto, não cola qualquer argumento contrário ao TEBIG. No que diz respeito a preservação ambiental, eis aí o contraponto do Greenpeace sobre a tese tresloucada do MINC. Na parte que cabe a receita pública para a municipalidade, dentro da estratégia de desenvolvimento do estado, não há liga entre a conversa, por que a não ampliação do Tebig acarretará em prejuízos seríssimos aos cofres municipais -e esses prejuízos já começaram com o fato de o Inea não ter renovado a autorização às operações chamadas por 'ship to ship' (contra a qual não há qualquer registro de corrência com danos a natureza, e foram mais de 100 operações). Finalmente, no que diz respeito ao apoio popular para os projetos, Angra está unida -e quer; Maricá está unida -e não quer.  Se duvidam, perguntem a comunidade de Itapuiaçu/Maricá. Façam isso.
Sei lá, alguém pode me ajudar a entender melhor isso aí..?
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11h38min.       -         adelsonpimenta@ig.com.br

7 comentários:

João Maurício Húngaro disse...

Quem disse que a poopulação de Maricá não deseja que haja a construção do Porto de Jaconé?


Isso não é verdade. Cerca de 85% da população é favorável ao empreendimento, até mesmo aqueles que são contrários ao atual governo municipal, considerado como uma péssima administração.
Esses dias saiu uma matéria no site LEI SECA MARICÀ, perguntando se a população era favorável ou contra a construção, e esmagadoramente a população ficou favorável.
Assim como Angra, Maricá também é uma cidade cheia de problemas e carências, não possui nenhuma grande empresa pra gerar empregos e renda na cidade. Diferentemente de Angra, que conta com um turismo fortíssimo, um dos maiores estaleiros da América Latina e já recebe uma grande fatia de recursos com o atual TEBIG. Não seria egoísmo de mais de vocês quererem tudo pra vocês?

Quem aqui em Maricá está unido contrário a tal obra, são os políticos de oposição ao atual prefeito, tão safados quanto ele. Por pura conveniência, diga-se de passagem, e não a população em si. O última preoupação dessa gente é a questão ambiental da cidade, e sim as eleições de 2014, porque se eles fossem prefeitos, também defenderiam com unhas e garras o tal porto. Eles são uma cambada de hipócritas, isso sim.

E eu moro há 30 anos em Maricá, sou um grande conhecedor do meu município, e nunca soube que a praia de Jaconé e adjacências fosse um berçário de baleias. Aí do nada aparecem com essa desculpa?

O não interesse por parte da população na não construção do porto, está no fato de tal região ser uma das mais belas paisagens da cidade, e não por causa de estória de baleias, já que nunca soubemos ou vimos elas por ali.

E outra, a questão do emissário fica a mais de 30 km de distância de onde se pretende construir o porto e não tem nada a ver com ele. Esse sim é um grande crime ambiental na cidade, já que vão despejar em nossas praias milhões de litros de degetos petroquímicos do Comperj teoricamente tratados em nossas praias, sem agregar nada de valor ao município.

Maricá também merece investimentos produtivos, e não só os que venham impactar o nosso meio ambiente sem se quer nos dar nada de bom em troca.

Agradeço o espaço para opinar, visto que já tem um tempinho que venho acompanhando o seu site em relação a esse assunto.

Morador de Maricá

Ana Cristina disse...

Estou em Jaconé há 23 anos e moro há 18, durante esses anos diversas vezes ví baleias dando um espetáculo em nossa praia.Sr. João, acho que o senhor não mora próximo a Jaconé, senão não escreveria isso. Inclusive se procurar no youtube:baleias em Jaconé, encontrará filmagem. Esse Quaquá é uma piada, não saber de baleias em Jaconé? Vai no youtube também para ver e aprender.Não sou filiada a partido político e diversas pessoas que são contra, também não são. Acho que o Sr. deveria estranhar porque o emprendimento que teria custo menor se fosse feito em Angra, esta para ser feito aqui.Por que será que estão passando por cima da LEI? Além da parte ambiental, pois temos mata atlântica, lagoa e praia junto a obra, existe a importância histórica pelos beachrocks constando das anotações de Charles Darwin em 1832 e a pedra de Ponta Negra, cujo lado que esta na praia de Jaconé é parte do continente africano.Não temos condições de receber milhares de pessoas em nosso bairro, será um crescimento desordenado, acarretando problemas maiores do que já temos.Não vale a pena crescer sem qualidade de vida, até porque a maioria dos que aqui vivem, vieram de cidades ditas"desenvolvidas". Um abraço a todos e recado para o Mister X: SAÍ FORA!!!

AirWave disse...

SOU CONTRA O PORTO E O EMISSÁRIO SUBMARINO !
Não fui consultado e esses 85% foram pesquisados quando e aonde ?
A deve ter sido na folha de GRATIFICAÇÕES do PATOFREITO incomPTênte !
Não queremos a destruição de nossa cidade. Progresso com destruição do meio-ambiente não !
Maricá quer investimentos da área do ECO-TURISMO e não da praga do ouro negro, que só rende lucro aos políticos e seus amigos.

Elisete Duffrayer disse...

Esta semana voltando do centro de Saquarema, vi um grupo de golfinhos, que certamente estavam fugindo do porto.

Anônimo disse...

Preserve a praia de Jaconé, não deixe que esse povinho ganancioso destrua este lugar.

Anônimo disse...

Preserve a praia de Jaconé, não deixe que esse povinho ganancioso destrua este lugar.

Italiano disse...

É coisa de maluco!!!! Ver esse tanto de comentários de gente daqui, contra a construção do TPN. Entendemos os Angrenses, que não querem dividir o progresso e desenvolvimento local, mas o Maricaense ser contra, é pouco justificável.
Moro Na Barra de Maricá desde 1980 e o máximo que consegui ver, foi o esguiço das jubartes, pois elas passam muito ao largo em suas rotas anuais de migração. Outras espécies de baleias, nunca as vi, nem de falar.
Passei muitos domingos com minhas filhas quando eram pequenas na piscina natural que fica lá embaixo, no final da estrada do farol. Durante anos, nunca vi uma dessas espécies raras de baleias e nem golfinhos. Somente tartarugas apareciam por lá.
Parece que estão localizando em Jaconé espécies de baleias que nunca passaram por aqui.
Está certo o Sr. João.!!!!
Na rua, a esmagadora maioria do cidadão comum, é favorável a instalação do TPN.
Apesar do governo meio apagado do nosso prefeito, o fato de ele estar brigando pela vinda desse projeto, merece um crédito positivo.
Além disso, Lá não tem mata atlântica. Vai acabar somente o gramado onde o Sr. Roberto Marinho jogava golfe.

Aos naturalistas que querem cuidar mesmo de nossas riquezas, porque não dão um passeio pela mata atlântica de Divinéia e da nossa Restinga.
Lá encontrarão imensos pastos onde são criados bois de alguns vereadores.
Se percorrerem a estrada de Bambuí, verão imensas área onde já foi lagoa, que estão virando pasto para mais bois de políticos.
Essas áreas estão na beira da estrada e estão inclusive cercadas como se fosse parte da fazenda de alguém.
Deixem o TPN em paz.
Ele vai trazer prosperidade e desenvolvimento para nossa cidade.