sábado, 26 de maio de 2012

O CASO DO ICMS EM ANGRA

A Prefeitura de Angra opera ainda aturdida com essa queda na arrecadação do ICMS do petróleo, como se confere a cada terça-feira (que é quando ocorre o repasse do Estado para o Município). Desde 2011, coforme explica a 'nota oficial' que este blog recebeu, há essa instabilidade quanto a essa arrecadação, tendo havido uma queda do Índice de Participação dos Município (IPM), com apuração baseada no ICMS, através de Declaração Anual (Declan). É muito termo desconhecido para a maioria de voc~es leitores, mas é importante conhecê-los. O Governo Municipal resolveu então ingressar com uma medida judicial cautelar visando efeito suspensivo, afim de conter a sangria sobre o ICMS. Oficialmente, a ênfase está assim:

A prefeitura já havia entrado com recurso administrativo junto ao Estado na intenção de rever a perda, cerca de R$ 60 milhões por ano. A procuradora-geral Rosane de Fátima Barbosa Sayegh falou sobre o assunto. “O dinheiro que viria para Angra acabou indo para Macaé. O nosso petróleo foi contabilizado lá. Contratamos um trabalho técnico contábil e a Prefeitura de Angra entrou com uma ação para que a Petrobras refaça esses cálculos, para normalizar a situação”, explicou a procuradora-geral, antes de continuar: “Em Angra, foi dada uma liminar favorável à ação, determinando que fosse feita uma nova apuração da Declan judicialmente, através de uma perícia contábil. O que aconteceu foi que Macaé entrou com recurso no tribunal e caçou a decisão de Angra. O agravo foi julgado e o município perdeu – decisão provisória. Em cima desse agravo entramos com dois recursos – especial e extraordinário. O especial é baseado em normas infraconstitucionais, e será examinado pelo Superior Tribunal de Justiça; o extraordinário será examinado pelo Superior Tribunal Federal. Mesmo assim, esses recursos não têm efeito suspensivo, e foi por isso que tomamos essa medida cautelar, para tentar sustar a perda daqui para frente. Os recursos já foram protocolados, e ainda está tramitando no Tribunal de Justiça o pedido de suspensão de segurança.” De acordo com Rosane Sayegh, o objetivo é fazer com que o recurso que eles depuseram tenha efeito suspensivo, para que o município continue recebendo a verba até que alguém julgue a ação de forma definitiva.


Essa é para Partidos e candidatos em 2012
Em face desse entrave inesperado e ainda por conta da perda arrecadatória que ocorrerá com a desautorização sobre ampliação do Tebig e a possível desaprovação pela continuidade das operações ship-to-ship à partir de agosto, além da luta do Governo do Estado pela desindustrialização de Angra (o que falarei em postagem subsequente), não dá para simplesmente ser ignorada a conjuntura econômica que se avizinha para o Município de Angra, de maneira que os pretensos candidatos em 2012 à Prefeito  precisarão ser muito claros na forma em que pretendem, numa eventual vitória, incrementar recursos a receita municipal para que não haja tamanha perda na capacidade de investimento municipal, nem que passemos também a tornar a ser clientes de instituições financeiras comprometendo nossa capacidade de endividamento - que hoje é excelente- só para que um eventual projeto de reeleição à posteriori seja posto em prática. Vamos debater isso à exaustão, e a hora é essa. Os partidos e seus candidatos precisam ser realistas em relação a isso. Tornarei a falar desse assunto.
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21h37min.       -     adelsonpimenta@ig.com.br

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