sábado, 23 de junho de 2012

ESTADO POLICIALESCO

Há algum tempo os ministros do STF reclamavam da espetacularização das ações da polícia, quando mais se buscava a cobertura midiática que resultados práticos sobre as determinações judiciais; com o tempo - até mesmo o uso das algemas passou a ser questionado na maioria dos casos. Enfim. O fato é que, ainda há excessos Brasil à fora, mas, daí a usar o aparato policial do Estado para atender a finalidades eleitorais, a meu ver, constrange não só o alvo da ação, mas, principalmente, os próprios policiais que terminam sendo submetidos a isso. 

No jornal angrense: 'A Cidade'
desta semana, consta:
Retaliação
Outro zumzumzum que corre entre militantes ambientalistas é de que estaria sendo organizada uma operação para fechar o Aterro Sanitário do Ariró e a demolição de várias residências construídas há anos às margens do Rio Ariró e Mambucaba. O ato seria um aviso para que os políticos angrenses não contrariassem as vontades e supostos acordos dos Secretários Estaduais de Ambiente, Carlos Minc; Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno; e Pesca, Felipe Peixoto. Esse é o estilo democrático do governo Sérgio Cabral.

É nesse sentido que dialogo neste blog
Ora, que o Aterro Sanitário do Ariró não atende as especificações técnicas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, qualquer um de nós sabe perfeitamente. Ademais, ele agora é explorado comercialmente pela iniciativa privada. Mas, na ausência de uma política pública decente e que prime pela solução; do jeito que está, o Aterro do Ariró termina sendo melhor que nada. Na estrada entre Paraty e Trindade, uma curva após o posto da Polícia Rodoviária, há um cometimento de crime ambiental a olho nú, com lixão clandestino à céu aberto. Isso ficou restrito, não chegando ao conhecimento dos debatedores da Rio+20. Mas, tanto um caso quanto o outro, estão na mesa do Secretário Estadual de Ambiente, o petista CARLOS MINC. Ele se aquieta, agasalha o crime ambiental e social, e fala em desenvolvimento sustentável para quem não trafega por essa estrada. Então, pergunto:_Não é mais fácil ajudar os Municípios a encontrar as medidas que resolvam essas questões, dialogar com a própria iniciativa privada que explora os serviços, e chamar o MP para participar? Essa questão do lixo é uma agenda problemática por todo o país, e o Estado do Rio não é diferente. Mas, daí a implantar um Estado policialesco às portas de uma eleição municipal por conta de um problema tão antigo, não me parece uma solução nova. O Ministério Público deve, penso eu, agir primeiro e chamar os atores envolvidos nessa trama para mediar uma solução - ambos os entes federados tem seu papel à cumprir, suas responsabilidades. Deixar o lixo como está também é crime, e este é cometido pelo Governo do Estado, também.
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21h46min.        -          adelsonpimenta@ig.com.br  

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