Num contato visual, diria que 80% dos trabalhadores matalúrgicos de Angra presentes na assembléia realizada hoje (6) há pouco na porta do Estaleiro Brasfells decidiram encerrar a greve e voltar ao trabalho. Houve resistência de um pequeno grupo de pessoas, identificados como membros da oposição sindical - denominada 'Centelha', que apostavam na continuidade da greve. Excentualizando-se isso, nenhuma outra ocorrência que merece nota. Na verdade, no curso das negociações, por um pedido feito pelos próprios trabalhadores e acatado pelo Presidente do Sindicato, HELINHO, dois membros deste grupo de oposição sindical teve assento na Comissão de Negoviação, mas eles recuaram logo após a primeira reunião - quando teriam que assinar a ata da reunião, segundo me disse o Presidente.
Vencida essa etapa, a coisa ficou assim:
> Sexta-feira (8) será efetuado o pagamento do pessoal, com aumento de 7%;
> Os cartões que estavam bloqueados, estão liberados automaticamente;
> Dos 16 dias parados, só 6 serão pagos, sendo descontados de 2 em 2, à partir o pagamento ref. ao mês de junho;
> O Tícket-Alimentação já será expedido com aumento de 7%;
> Abono Salarial de R$ 1.200, com o pagto. da 1° parcela (R$ 500,) agora em junho - com a assinatura das obras das FPSO P66 e P69 "replicante"; a 2° parcela é de R$ 700, à ser paga na entrega da plataforma FPSO Cidade de Paraty, previsto para dezembro/12.
O Presidente do sindicato dos Metalúrgicos de Angra e Região, HELINHO DO SINDICATO, se disse satisfeito com o desfecho do processo que culminou com o término da greve, embora tivesse expectativas melhores e trabalhado incessantemente pela valorização do trabalhador, numa luta que, segundo ele, não se esgota. Ele me disse que sempre investiu no diálogo e entende as fricções de alguns discursos mais acalorados, mas que sua responsabilidade com os pais de família nunca lhe permitiria cair no discurso fácil.
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11h22min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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