terça-feira, 11 de junho de 2013

ANGRA: MOVIMENTO EMANCIPACIONISTA


O movimento emancipacionista está virando uma onda no Brasil e tem a digital do Congresso Nacional - ou parte dele. Em Angra há duas discussões postas: um movimento ainda tímido de setores da Ilha Grande e outro mais acurado e intenso na região do 4° distrito, encabeçado por moradores do Parque Mambucaba. No primeiro caso, as chances são muito mais raras que as do segundo caso, em meu entendimento.

Pesquisando alguns dos muitos dados disponíveis na rede, 
quase tudo desatualizado, reuni algumas informações, tais como:

Aspectos demográficos 

Em 2010, de acordo com o Censo/IBGE, Angra tinha uma população de 169.511 habitantes, o que correspondia, à época, a 69,6% do contingente da Região da Costa Verde, com uma proporção de 99,8 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica era de 205,4 habitantes por km², contra 115,7 habitantes por km² de sua região. A taxa de urbanização correspondia a 96% da população. Em comparação com a década anterior, a população do município aumentou 42,2%, o 11º maior crescimento no estado. O município tinha um contingente de 112.618 eleitores, correspondente a 66% do total da população. Informações, reitero, que precisam ser atualizadas - aqui é só uma base.

A população local, de acordo com o Censo 2010, 
distribuía-se no território municipal conforme gráfico a seguir: 


Estimativas que precederam o Censo 2010:
O município de Angra dos Reis teve sua população estimada em 169.270 habitantes em 2010, apresentando densidade demográfica de 207 pessoas por km2, a 31ª maior do estado. O total de 112.618 eleitores representou 0,97% dos 11,6 milhões de eleitores do Rio de Janeiro, configurando-se o 20º colégio eleitoral fluminense. É muito interessante uma leitura nos detalhes do Censo 2010.

Na Ilha Grande, que compreende todas as praias e ilhas frontais ao continente da cidade, há alguns meios de hospedagem tradicionais com o pousadas e residências, nem todas com seu cadastro legal na Prefeitura; importantes trechos territoriais para a exploração turística, assim como pacotes vendidos para a parte náutica e comunidades tradicionalmente de pescadores e a sua quantidade populacional é baixa. Não creio nas condições mínimas de viabilidade econômica para o desmembramento e emancipação.

No caso de Mambucaba, Perequê, Vila Histórica de Mambucaba e adjacências, as condições são outras - muito mais favoráveis ao processo de emancipação do local. Os moradores dessa área já discutem números, falam em dados geográficos e econômicos, discorrem sobre percentuais de repasse orçamentário, Fundo de Participação dos Municípios, royalties do petróleo - e royalties da energia nuclear, caso continue sendo aprovado nas Comissões do senado o Projeto do Deputado Fernando Jordão. Há dois vereadores de Mambucaba hoje, o Sgt° Thimóteo e o Fábio Macedo.

A conversa não se encerra aqui, está só começando. Vou fazer novas postagens com todas as questões relevantes desse processo em discussão. O que o Congresso Nacional está propondo, o que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio - Alerj tem em mãos e quais as medidas que já estão politicamente encaminhadas, o sentimento da população angrense e explicações didáticas acerca da nova lei que, se aprovada, tende a mexer ainda mais com o consciente coletivo de Angra - e a alterar a forma como as coisas públicas tem sido discutidas até aqui, e o modo como a política vem sendo feita na cidade. Toda contribuição é válida, basta enviar sugestões, correções, análises, críticas e opiniões para meu e-mail.

 Fontes de Pesquisa: TCE/RJ e IBGE e Wikipédia (foto: Prefeitura)
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19h48min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

Um comentário:

Nilton Belchior disse...

Acho que alguns anos atrás já teve um plebiscito, sugerindo a criação do Municipio Ulisses Guimarães,me parece, ñ recordo bem, seria desde a bairro do Frade até, o bairro do Taquari, pertence ao municipio de Paraty.