O Presidente da Câmara de Angra, o vereador peemedebista Jorge Eduardo, assina uma 'Nota Oficial' distribuída à imprensa há pouco, leia:
“A Câmara Municipal esclarece à população de Angra dos Reis que a Mensagem enviada pela prefeita Conceição Rabha à Casa Legislativa, que modifica o Programa Passageiro Cidadão, criado pela Lei 2.767/2011, está sendo analisada, com muita responsabilidade, pelos vereadores.
Como presidente desta Casa, entendo que a proposta de modificação estabelecida pela prefeita, de manter o programa apenas à desempregados, famílias incluídas no Programa Bolsa Família e para cidadãos com renda individual de até um salário mínimo nacional, causará grande impacto na economia das famílias angrenses de uma forma geral.
Lamento profundamente o impasse causado entre a empresa Senhor do Bonfim e a Prefeitura acerca do Programa Passageiro Cidadão e reafirmo meu compromisso com a população, que merece todo o respeito.
Vou lutar, junto aos meus pares, para que TODOS continuem tendo acesso ao maior programa social da história deste município, com quatro passagens diárias, além de buscar um transporte digno e de qualidade para a população de Angra dos Reis.
OPINIÃO
Nesta nota, minha impressão é a de que Jorge Eduardo fala muito, mas diz pouco. Não há indicativos sobre sua posição acerca do assunto. De toda sorte, é democrático que ele faça subir à pauta das deliberações da Casa a Mensagem encaminhada pelo Poder Executivo. No fundo, ouso em dizer, dadas as incertezas quanto a manutenção ou suspensão do programa Passageiro Cidadão, a população angrense começa a vivenciar um certo ambiente de insegurança social, o que não é nada bom. É preciso que os atores envolvidos nessa trama consigam ter a maturidade política suficiente - e creio firmemente que tem, para encontrar soluções práticas para essa questão.
Ora, é imperioso saber que o Chefe do Executivo é a Prefeita da cidade, a petista Conceição Rabha, logo, é a ela que se submete a equipe de governo - e esta teve entendimento de que não há viabilidade financeira para manter o subsídio nas bases herdadas. Cabem críticas, é lógico, mas é preciso ir além destas. O Presidente da Câmara, responsável que é, assim como é também a oposição, seguramente se debruçarão sobre essa equação e auxiliarão na busca de uma saída que não comprometa a subsistência do programa. A medida tem largo alcance social, mas onera de forma descontrolada as contas públicas, daí o estabelecimento de critérios. O Governo terá que negociar com os vereadores, de onde uma saída enfim terá de ser encontrada.
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11h37min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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