BREVE ANÁLISE DO CENÁRIO POLÍTICO
DE ANGRA DOS REIS, smj.
--------------------------------------------------------
São 19h09min.
-
Tenho exercido com elevada frequência um dos hábitos que mais prezo, o diálogo. Confesso que tenho podido compreender cada vez mais o quanto o nosso povo é demasiadamente apaixonado por política. O que reiteradas vezes repito é o fato de não lembrar, sondando e vasculhando até mesmo o recôncavo da minha memória, nenhum outro período da história nacional onde um prefeito, caso de Angra, que se apregoa tão bem avaliado pela opinião pública, não ter constituído um nome que o substitua sem qualquer sombra de dúvida da vitória, baseado nos mesmos indicadores científicos tão comentados na construção dos discursos governistas. E isso se torna ainda mais sinistro quando não identifico esse mesmo lastro reclamado nem mesmo na chamada oposição. Nesse cenário político, analisado a luz da minha percepção onde a única aferição possível é a minha própria sensibilidade; logo, cabem todas as intervenções, questões de ordem e apartes, possíveis; seria -então- de fácil suposição imaginar uma avenida desimpedida para o trânsito de uma, conhecida popularmente, terceira via, mas não há. Assim, em suma, mais do que tornar as ruas da cidade num verdadeiro campo de batalha, os políticos de plantão deverão disputar nos detalhes a herança de um cofre fartamente abastecido. O guardião das chaves que dão acesso a sala de comando, é o povo. No entanto, um outro cuidado deverá ser o mote dos bastidores, a vida pregressa dos possíveis candidatos. A Justiça promete levar à cabo o zelo pela moralidade da coisa pública erguendo o olhar nesse pleito que se avizinha sobre cada um dos postulantes de maneira tão esmiuçada que o início se dará à partir do prefácio, de cada um. Concluo afirmando que o vencedor, seja Ele quem for, terá legitimidade suficiente para entender que o maestro de toda essa obra é, e sempre foi, sua excelência, o povo.
ADELSON PIMENTA