COMUNIDADE DA ITINGA
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15h30min.
OBSERVAÇÃO
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Atendi ao gentil convite da Comunidade da Itinga, em Angra dos Reis, e pude me familiarizar ainda mais com a situação daquela comunidade, que está em literal polvorosa, sob ameaça judicial de desmobilização social. Um verdadeiro caos. Segundo informações obtidas no local, houve avisos prévios, seguido de notificação judicial; sendo que agora -após uma negociação da qual nem todos participaram- caso queiram permanecer no local devem pagar R$ 12 mil, parcelados, por sua propriedade. Porém, uma minoria pode arcar com o compromisso de R$ 500 reais/mês, e a maioria- não. Segundo informações dos moradores, é o que consta.
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O PROBLEMA
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A Comunidade da ITINGA que, em sua defesa, alega ser remanescente de quilombola, tem como status quo o fato de ser invasora, tendo ocupado ilegal e desordenadamente o local, segundo as autoridades. Ainda assim, ocupa uma área muito grande e que não seria ocupada tão facilmente sem que o olhar atento das autoridades públicas constituídas não pudessem ver. Logo, o abacaxi não é só dos moradores que invadiram, mas também das autoridades que permitiram.
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A SOLUÇÃO
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É imperioso que se faça um levantamento mais amiúde e criterioso famíla por família, até mesmo que seja a partir desse acordo judicial, já que uma parte -a maior inclusive- não tem condições de pagar o valor mencionado mensalmente, mas quer e precisa pagar. Então, que se proceda um levantamento específico sobre essa parcela e que se possa sentar a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura e o Ministério Público, afim de encontrar um caminho que resolva, sem prejuízos aos cofres públicos e aos humildes moradores do local.
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OPINIÃO
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Não vale a utilização da dor das famílias para fins eleitoreiros, como o que está acontecendo lá na comunidade. É preciso vontade política e decisão de governo para que se resolva logo a situação, e só. A partir disso, é esperteza em demasia, é perfumaria.