MESADA DE R$ 200 mil
--------------------------------
15h04min.
BASTIDORES DA POLÍTICA
--------------------------------------
Segundo infomações de fontes de constantes consultas deste modesto BLOG de Opinião, há um acordo político numa cidade brasileira que incide numa tratativa das mais incomuns, sob o olhar atento do incrédulo. Diz-se que um prefeito de uma importante cidade -já tendo sido reeleito- se utilizou de todos os instrumentos possíveis a disposição de quem exerce o mandato eletivo de uma poderosa máquina pública para limpar o caminho tirando da frente da disputa todos os potenciais adversários, até mesmo antigos aliados que então se consideravam "imexíveis" (palavra não prevista no dicionário e usada pelo ex-ministro Rogério Magri, do Tabalho). Isto posto, aliado a fragmentação dos partidos políticos, também patrocinada por esse prefeito, o mesmo acaba de impor um membro de sua família (talvez de segundo grau), o que seria nepotismo caso fosse uma simples nomeação -segundo o STF, agora proibido- para disputar a vaga majoritária em seu lugar que, muito embora tenha provocado a estranheza de quem não vivencia o dia a dia dos bastidores da política, não surpreenda quem os acompanha.
-
O ACORDO
-----------------
Mesada de R$ 200 mil, pagos rigorosamente mês a mês durante os anos seguintes, ao prefeito que deixará o cargo.
Apoio político a qualquer uma das suas futuras proposições ou a um aliado que seja de sua indicação;
Livre nomeação de pessoas de sua confiança em cargos políticos, durante o exercício do mandato.
-
OPINIÃO
-------------
Essa foma maquiavélica de se fazer política, embora seja considerada exatamente assim e seja ilegal e imoral, não deixa de acontecer. Não há mecanismos eficazes de fiscalização sobre esses espúrios acordos onde só o município é quem perde. O nepotismo ja teve o seu fim recentemente decretado pelo STF, é um avanço mas não o suficiente para proceder uma faxina ética na administração pública- que vem sendo loteada e aparelhada por nomeações -na maioria das vezes- sem a menor capacidade de realização gestora. Por outro lado, embora o Estado de Direito esteja funcionando, algumas instituições públicas com o caráter fiscalizatório, como as Câmaras de Vereadores, por exemplo, estão praticando a política do "pouca farinha meu pirão primeiro", ao invés de funcionar como a caixa de ressonância da nossa honrada sociedade. O MINISTÉRIO PÚBLICO precisa também estar mais atento e ser mais atuante. É só assim que o futuro poderá voltar a ser promissor.