domingo, 25 de janeiro de 2009

PREFEITO ANGRENSE APRESENTA META OUSADA

Há pouco pude ler com tranquilidade uma NOTA OFICIAL (release) da PREFEITURA de ANGRA DOS REIS, que me chamou pela amistosa atenção- em face da ousadia objetivada pelo prefeito TUCA JORDÃO. Quanto ao título dado a NOTA, nada demais, sendo: "Prefeitura fecha contratos para construção de casas e saneamento". O texto discorre sobre um importante encontro ocorrido em Volta Redonda/RJ, onde a Caixa Economica Federal discutiu os recursos disponíveis pelo governo federal para a região, dentro do programa denominado PAC. No entanto, o que mais me chamou a atenção foi a observação da NOTA afirmando a pretensão do prefeito angrense em construir 2 mil casas novas, sendo mil unidades ainda este ano. Se avançarmos do discurso para a prática, terá sido um grande salto.

Honestamente falando, esse objetivo é de fato necessário de ser alcançado. O déficit habitacional está esquadrinhado dentro de estatísticas oficiais há muito defasadas. O prefeito angrense foi secretário de habitação na gestão passada e, certamente, deve ter maior conhecimento dessa realidade. Outrossim, o lado oposto da gangorra está sem o devido peso, ficando desigual. Não foi observado nessa mesma NOTA OFICIAL o estabelecimento de qualquer meta para a cobertura de saneamento básico.

O que há, nos dois casos, são fogos de artifício pelos recursos liberados pelo governo federal, compreensível, que dará o start em obras imprescindíveis. Porém, desejo acrescentar aqui, que não posso acreditar que a administração municipal terá todo o seu planejamento estratégico para essa agenda marom, baseado somente nesses recursos. Logo, seria interessante que a NOTA expusesse, ou o faça doravante, outros caminhos de financiamento (que não seja empréstimo descabido) para a busca de solução para esses entraves estruturais, como o Rio do Choro, por exemplo. O governo do estado, a CEDAE, emendas parlamentares, tudo isso deve fazer parte desse enredo em busca de recursos.

Por fim, creio não dispensável o conhecimento de alguns excelentes exemplos, por algumas cidades brasileiras, no estabelecimento das Parcerias Público Privada (PPP). A discussão é longa, mas não havendo, a distancia fica ainda mais inalcançável.
25/01/09
02h15min.
adelsonpimenta@ig.com.br