Por motivos alheios a minha intensa vontade e de notório conhecimento público, não pude exercer uma dose inquietante da minha modesta cidadania que é a efetiva participação nas discussões públicas sobre a aplicação do dinheiro do povo; ou seja, não pude ainda participar das AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, preconizadas na LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. Mas gostaria, e retomarei esse prazer. Conquanto, acompanhei a extensão do debate nos blogs da cidade angrense e me confesso estupefato com o que li, embora careça de mais detalhes. Acerca dessa última AUDIÊNCIA PÚBLICA, realizada costumeiramente na CÂMARA MUNICIPAL, ao que parece, o microfone que há tempos serve para o público presente poder formular os seus questionamentos, aliás uma barreira pequena mas quase intransponível na obtenção das respostas que não sejam evasivas ou deseducadas, foi retirado, trocado por um frio formulario onde o espectador anota o seu questionamento e aguarda em silencio a resposta- seja ela qual for, satisfatoria ou não. Se isso realmente estiver acontecendo, será um retrocesso inominável. A CÂMARA MUNICIPAL é uma Casa de debates e -em tese- a Casa do povo, onde se legitimam os questionamentos e as propostas. Emudecer o cidadão, furtar-lhe o direito do diálogo através da voz e do olho no olho, apequenar a replica e, praticamente, subtrair a treplica, é de um desserviço para com a democracia, e de um desrespeito com o cidadão que só contribui para o empobrecimento dessa representatividade proporcional adquirida nas urnas. Sinceramente, em sendo isso, é o fim.Depositarei a esperança nos novos vereadores que, outrora do lado de cá, expressavam a mesma repulsa. Certamente não comungarão com essa berrante falha de espírito democrático.
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23/01/09
01h14min.
adelsonpimenta@ig.com.br
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23/01/09
01h14min.
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