sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

UBATUBA QUER REPARAÇÃO

Acaba de sair de casa um grupo de pessoas bem intencionadas de militancia no Terceiro Setor na cidade de Ubatuba, litoral Norte Paulista, chegado até mim por intermedio de um amigo em comum. A conversa gravitou num ambiente bastante saudavel, e, devo confessar, trata-se de pessoas muito inteligentes.A primeira meia hora foi de puro marketing deste Modesto Blog de Opinião. Ao que parece funionou. Acabo de ganhar novos leitores.
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CONSIDERAÇÕES
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Há um inconformismo da sociedade ubatubense, segundo a substancia dos argumentos apresentados, quanto ao fato definido no documento elaborado pelo IBAMA, que define que apesar da Região Norte Ubatubense estar na area de interferencia em caso de acidente nuclear nas Usinas de Angra, não receberá nenhuma compensação ambiental direta pelo empreendimento Angra 3. Me informaram -indignados- e mostraram na cópia do documento, que esse condiciona ações sociais e ambientais para a concessão da licença de instalação e operação da Usina, apenas para as cidades do Sul Fluminense.

Segundo o jornal ImprensaLivre, o ambientalista e ex-conselheiro do Consema, Beto Francine, a região teve apenas o direito de participação no debate popular para a construção de Angra 3, tendo conseguido realizar uma Audiencia publica em Ubatuba, já que tinham o direito de participar das discussões, visto que estavam dentro da area de interferencia de radioatividade -que- pela legislação vigente, determina um raio de 50 quilometros de abrangencia- a partir da Usina. No entanto, em termos de compensação e recursos para a região, não teriam sido contemplados. Há uma expectativa dos ubatubenses de que a cidade ainda possa receber alguma verba de forma direta, por meio do corredor de proteção ambiental da costa maritima do sudeste brasileiro.


Meus visitantes, que preferem não explicitar nomes nesse momento, acreditam que a publicidade da insatisfação do povo de Ubatuba contribuirá para uma reabertura de dialogo com a ELETRONUCLEAR e com o próprio IBAMA. Mas, asseguraram que existe a possibilidade de ingresso judicial reclamando direitos. Aventa-se, inclusive, uma mobilização social para grandes manifestações acerca desse assunto, que, segundo eles, não aceitarão tamanha injustiça.
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OPINIÃO
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Essa discussão vai longe, mas é perfeitamente saudavel que um município busque sempre as condicionalidades a que tem direito. No caso específico de ANGRA 3, conforme pude dizer à eles, as cidades de Angra dos Reis e Paraty, principalmente, jamais deixaram de pressionar- mesmo sabendo dos direitos reais. Assim, vale todos os estudos disponíveis para comprovar a tese ubatubense, por exemplo, o vento predominante na região sul fluminense normalmente leva para o litoral paulista. Enfim, estarei acompanhando esse debate.
23/01/09
22h36min.
adelsonpimenta@ig.com.br