Francamente, não tenho encontrado qualquer estímulo no curso das discussões que estão se dando acerca das questões portuárias de Angra dos Reis, elas estão muito apequenadas frente aos desafios atuais e futuros dentro de um mercado consumista e globalizado. A todo instante, o que se tem promovido em termos de discursos políticos, peças publicitárias, e arroubo de eloquências sindicais, tem sido -em meu leigo entendimento sobre o setor- o pormenor da questão. O foco direcionado para a dragagem, incluindo aí viagens intermináveis a Brasília, capas de periódicos locais, batalhas campais por discordância desse ou daquele nome que exerce determinado cargo de confiança do Prefeito (que, diga-se de passagem, é de sua livre nomeação), é a perfumaria do grande negócio em questão. Enquanto isso, tenho lido sites e revistas especializadas, tenho acompanhado entrevistas e debates de especialistas no setor e, sinceramente, beira a vergonha o que se tem prometido e buscado para o Porto de Angra. Ir até a um Ministro de Estado para requerer somente uma dragagem que atenderá a bagatela de R$ 5milhões, é simplesmente ridículo, a menos que tenha havido a apresentação de outros projetos de maior densidade- que eu não saiba. Me perdoem a franqueza. Todas as cidades portuárias estão, elas mesmas, se adequando para o seus portos, e não o contrário, tamanha a importância desse setor estratégicamente para as suas economias e divisas. Então, senhoras e senhores, reflitam muito sobre esse desabafo sincero, o Porto sendo examinado por uma simples dragagem, ao invés de investimentos tão supeirores e necessários, é a mesma coisa que o cachorro brincar com o rabo- não tem graça nenhuma. E o pior é tentar nos fazer aquietar o espírito com uma informação tão secundária; é isso mesmo, a dragagem deveria ser um assunto tratado como algo comum dentro de um planejamento de investimentos muito mais ousado, ela viria naturalmente no bojo. Sugiro a leitura do site Porto Gente, e vocês me entenderão melhor.
12/02/09
10h44min.